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Apps de pegação e hospedagem dão moradia a ucranianos fugindo da guerra

Uma criança come um biscoito enquanto está em uma acomodação temporária para refugiados  - Yara Nardi/Reuters
Uma criança come um biscoito enquanto está em uma acomodação temporária para refugiados Imagem: Yara Nardi/Reuters

Camilla Freitas

De Ecoa UOL, em São Paulo (SP)

15/03/2022 06h00

O número de refugiados ucranianos chegou a 2,8 milhões na última segunda-feira (14) e tende a aumentar. Previsões da Organização das Nações Unidas (ONU) falam em 6 milhões. Diante desse cenário causado pelo conflito com a Rússia, países, empresas e sociedade civil têm se organizado para ajudar quem perdeu seu lar.

É o caso do Airbnb. A empresa de aluguel de casas e apartamentos, junto com seu braço social e sem fins lucrativos — o Airbnb.org —, anunciou a oferta de acomodações gratuitas de curto prazo para até 100 mil refugiados da Ucrânia. Até o momento de publicação desta reportagem, já eram 15 mil anfitriões inscritos através do Airbnb.org para disponibilizar suas acomodações para receber as pessoas dentro dessa ação, que será financiada pela empresa e por doadores do Fundo para Refugiados do Airbnb.org.

Além disso, a plataforma conta com parceria com a Organização Internacional para Migrações (OIM) e com ONGs locais para auxiliar os refugiados.

O Airbnb.org atuará através de organizações sem fins lucrativos locais, responsáveis por reservar e coordenar estadias para hóspedes refugiados, independentemente de nacionalidade, raça, etnia ou como se identificam.

Em nota, Airbnb

Milhares de refugiados já foram atendidos

O Airbnb.org é dedicado exclusivamente a lidar com situações como essa que ocorre na Ucrânia. A ideia é facilitar estadias temporárias para pessoas em momentos de crise, algo que já vem funcionando há algum tempo.

Recentemente, a organização anunciou que forneceu acomodação temporária para mais de 54 mil refugiados e asilados nos últimos cinco anos — 21.300 vindos só do Afeganistão. A meta agora é alcançar outras 20 mil pessoas da África, Afeganistão, Oriente Médio, América Central e do Sul e outras regiões.

Para mobilizar doações em prol dessa causa, a organização criou em 2021 o seu próprio Fundo para Refugiados e já conta com mais de 4 mil doadores. Para ajudar a iniciativa, você pode acessar airbnb.org/help-ukraine.

Outros exemplos

Outras empresas também estão se mobilizando. O app europeu de encontros sexuais ROMEO lançou o grupo "Abrigo para a Ucrânia" a fim de conectar ucranianos a pessoas de todo o mundo que podem oferecer ajuda. Depois de uma semana de atuação, o grupo já contava com quase 10 mil membros e cerca de 3 mil ofertas de hospedagem. No site do aplicativo é possível acompanhar histórias de refugiados contemplados pela iniciativa.

O Couchsurfing, plataforma de hospedagem que conta com mais de 12 milhões de membros em mais de 200 mil cidades pelo mundo, anunciou que deixará de exigir contribuições de membros ucranianos. A plataforma também criou o grupo Ukraine Couchsurfing Resources, no qual integrantes podem se contatar, compartilhar recursos e oferecer toda e qualquer ajuda possível.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do publicado, são 15 mil pessoas que disponibilizam suas casas para a ação do Airbnb, não 15 mil refugiados em busca de moradia. A informação foi corrigida.