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GM suspende vendas na Índia e anuncia saída da África do Sul

Linha de montagem do subcompacto Chevrolet Beat (conhecido em outros mercados como Spark) na Índia. Citycar chegou a ser cogitado para substituir o Celta no Brasil, mas planos foram interrompidos - Danish Siddiqui/Reuters
Linha de montagem do subcompacto Chevrolet Beat (conhecido em outros mercados como Spark) na Índia. Citycar chegou a ser cogitado para substituir o Celta no Brasil, mas planos foram interrompidos Imagem: Danish Siddiqui/Reuters

<br>Joseph White e Norihiko Shirouzu

Em Detroit

18/05/2017 14h52

Medidas fazem parte do plano de "enxugamento" da companhia, com foco em mercados de maior rentabilidade

A General Motors planeja suspender a comercialização de automóveis na Índia até o fim deste ano e vender as operações na África do Sul, no mais recente passo da estratégia de enxugar a operação e focar capital e esforços de engenharia em mercados mais lucrativos.

Recentemente a fabricante sediada em Detroit (EUA) anunciou a venda das subsidiárias Opel e Vauxhall, operantes na Europa, para a Peugeot-Citroën. Já na América do Sul a empresa anunciou em janeiro que centralizaria as atividades de todos os países em três estruturas regionais: Mercosul (Brasil e Argentina), Andina (Colômbia, Equador e Venezuela) e Central (Chila, Peru, Paraguai, Uruguai e Bolívia).

Nesta quinta-feira (8), foi a vez de a fabricante anunciar que gastará US$ 500 milhões no segundo trimestre deste ano para reestruturar as operações em Índia, África e Cingapura. Com isso, cancelará a maior parte do investimento de US$ 1 bilhão planejado para construção uma nova linha de veículos de baixo custo na Índia.

Além disso, as operações na África do Sul devem ser totalmente canceladas. Tais medidas devem gerar economia de US$ 100 milhões por ano em um setor de negócios globais que, de acordo com a companhia, perdeu cerca de US$ 800 milhões só no ano passado.

Em entrevista à Reuters, o presidente mundial da GM, Dan Ammann, disse que as mais recentes medidas de reestruturação -- e uma série de decisões tomadas anteriormente para deixar mercados pouco lucrativos -- permitirão à companhia focar mais capital, esforços de engenharia e tempo na expansão dos negócios em lugares em que é forte, como China e América do Norte.

A GM também informou que está investindo cerca de US$ 600 milhões por ano no desenvolvimento de veículos e serviços de transporte autônomos. Assim como a rival Ford, a GM concluiu ser cada vez mais caro competir em mercados emergentes fora da China. A montadora vendeu apenas 49 mil unidades na Índia e na África do Sul no ano passado.