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Hyundai Creta N Line chega como SUV esportivo de aparências; veja preço

Julio Cabral

Do UOL, em São Paulo

08/06/2022 10h32Atualizada em 08/06/2022 13h04

Adicionar uma camada extra de arrojo a um modelo que já transborda personalidade pode ser excessivo para alguns. Mas as boas vendas indicam que a Hyundai foi bem recebida em sua ousadia: o Creta é o segundo mais vendido da classe dos SUVs compactos, atrás somente do Volkswagen T-Cross. E o Creta N Line leva esse visual ousado a outro patamar.

Você talvez não tenha ouvido falar da importância da letra N para a Hyundai. De acordo com a marca, o N tem dois significados: ele faz referência ao centro de desenvolvimento de Namyang, Coreia do Sul, e também ao circuito alemão de Nürburgring, local onde os fabricantes levam muitos esportivos para serem afinados nos mais de 24 km da pista - ou na versão mais curta e atual da pista.

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Daí veio a ideia de fazer a N Line, uma linha com o visual apimentado como os Hyundai N, mas com mínimas alterações mecânicas. Digamos que é mais ou menos como é a S Line da Audi.

Serão apenas 200 unidades na pré-venda. O preço é de R$ 154.990, entre os R$ 167.490 do Ultimate 2.0 e R$ 154.790 do Platinum 1.0 TGDI, que tem quase o mesmo preço. Parece que o custo-benefício se destaca mais do que a esportividade.

Motor é sempre o 1.0 TGDI

Antes de entrar no estilo, vou falar um pouco sobre motorização. O Creta N Line vem apenas com o propulsor 1.0 TGDI e câmbio automático de seis marchas. Colocar o motor mais potente na versão faria mais sentido em termos de performance, porém, o fato é que o 1.0 turbo não deixa de estar adequado para a proposta de um SUV compacto dessa faixa de valor.

Hyundai Creta N Line - Hyundai/Divulgação - Hyundai/Divulgação
Novo Hyundai Creta N Line tem diferenças de estilo
Imagem: Hyundai/Divulgação

O propulsor gera bons 120 cv de potência e 17,5 kgfm de torque a apenas 1.500 rpm, independentemente do combustível utilizado, números que o levam de zero a 100 km/h em 11,5 segundos, segundo a Hyundai. Não é performance de fritar pneus, contudo, não dá para falar que o desempenho fica para trás dos rivais equipados com motores da mesma litragem.

Usar a motorização básica no N Line tem uma explicação oficial. "Também é uma questão de preço. Quando nós pensamos, elaboramos um novo produto, uma nova versão, como é o caso do N Line, nós sempre buscamos várias alternativas. Estudamos colocar o N Line como a versão mais cara da gama, com motor 2.0. Qual seria o preço, o potencial de vendas, a concorrência na faixa de preço? Nesses estudos, a posição ideal e que está mais alinhada com o nosso público alvo é essa: entre a Platinum 1.0 turbo e a Ultimate 2.0", explica Flávio Cuareli, Gerente Sênior de Planejamento de Produtos e Inteligência de Mercado Brasil & Latam da Hyundai.

Hyundai Creta N Line - Hyundai/Divulgação - Hyundai/Divulgação
São novas as rodas 17, para-choques esportivos e faróis e lanternas escurecidos
Imagem: Hyundai/Divulgação

Se você fizer questão de performance mais esportiva, terá que optar pelo Ultimate. a única opção do SUV com o motor 2.0 de 167/157 cv e 20,6/19,2 kgfm de torque (etanol/gasolina). A configuração top de linha faz a mesma prova de desempenho em 9,3 segundos, de acordo com dados oficiais. A versão pode não ser tão chamativa quanto a N-Line por fora, mas faz mais bonito em movimento. Aí fica de acordo com a sua prioridade e bolso.

Claro que performance não se resume aos números de aceleração e retomada, o ajuste dinâmico tem peso. E foi justamente aí que a Hyundai concentrou as alterações mecânicas em relação aos demais Cretas.

O N Line tem amortecedores e molas diferentes, mudanças que são acompanhadas pela direção elétrica mais firme. Ou seja, o motorista terá um SUV um pouco mais na mão. Não chega a ser um motor mais potente, contudo, são alterações que vão um pouco além do que é esperado em versões "esportivadas", aquelas que só trazem visual diferenciado.

O que muda por fora e por dentro

Dá para notar rapidamente algumas boas diferenças em relação aos demais Cretas. A mais arrebatadora é a grade em dark chrome, que tem elementos tridimensionais, logotipo no mesmo tom e lembra muito a peça usada pelo novo Tucson. O ponto mais curioso é a presença de aletas de ar falsas acima da grade, algo que aparece também nos Audis - olha a S Line aí novamente.

Hyundai Creta N Line - Hyundai/Divulgação - Hyundai/Divulgação
Grade tridimensional do Creta N Line é exclusiva, e o para-choque frontal tem novo design
Imagem: Hyundai/Divulgação

O emblema N Line já aparece ali e também é repetido nos para-lamas dianteiros e tampa traseira. O para-choque dianteiro tem design exclusivo, setas mais pronunciadas, protetor na cor preta e detalhes cinzas, enquanto os faróis de LED utilizam elementos igualmente escurecidos, algo seguido pelas lanternas. Os retrovisores e teto bicolor também investem no preto brilhante.

Indo para as laterais, o que salta mais aos olhos são as rodas aro 17, peças que são inéditas e têm design que mescla tons metálicos e escurecidos, tudo na mesma pegada. O para-choque traseiro segue os toques do dianteiro e conta com duas saídas de escapamento. Ao contrário da dianteira, o logotipo e os nomes da marca e modelo são cromados. O Creta N Line tem cinco opções de cores: preto, azul, branco, prata e cinza, as três últimas conjugadas ao teto inteiramente preto.

Ao entrar no Hyundai, mais diferenças aparecem imediatamente. Além do teto revestido em tecido preto, os logotipos da N Line estão no volante, encosto dos bancos dianteiros e na manopla do câmbio. O carro sempre está lembrando o nome da versão em mensagens nada subliminares, tudo acompanhado por couro entremeado por costuras vermelhas.

O acabamento é de boa qualidade, no entanto, deveria ter materiais macios no painel e parte superior das portas. Da mesma maneira que o restante da gama, o SUV tem espaço interno razoável para quatro adultos de até 1,80 metro, enquanto o porta-malas leva 422 litros.

Lista de itens de série mais recheada

O Creta N Line fica entre o Platinum e o Ultimate não apenas em preços, mas também em itens de série. A versão top emprestou alguns equipamentos importantes, embora alguns já estivessem na configuração abaixo: teto solar panorâmico; painel digital colorido de 7 polegadas (inda há mostradores analógicos para funções como conta-giros e marcador de combustível); central multimídia de 10,25 polegadas; freio de estacionamento eletrônico com auto hold (aciona o freio automaticamente quando o carro é parado); sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; seletor do modo de direção; banco do motorista com ventilação (o do passageiro deveria contar com o mesmo refresco); borboletas para a troca de marchas no volante; saídas de ar para o banco traseiro e conexão USB; smart key com entrada e partida sem chave (por botão).

Hyundai Creta N Line - Hyundai/Divulgação - Hyundai/Divulgação
Interior do Creta N-Line tem bancos, volante e manopla revestidos de couro com costuras vermelhas
Imagem: Hyundai/Divulgação

A segurança foi igualmente reforçada. Há farol alto adaptativo, assistente de centralização em faixa de rodagem, monitoramento de ponto cego, detector de fadiga, sistema de frenagem autônomo (capaz de reconhecer carros e pedestres, algo até então oferecido apenas no Ultimate), câmera 360 graus e alerta de presença no banco traseiro.

Há também o Bluelink, serviço conectado da marca que permite rastrear e imobilizar o veículo, mostrar visão 360 graus no aplicativo, acionar funções remotas, entre outras facilidades. É possível ainda acionar outras funções do carro por meio de comandos de voz enquanto você dirige.

Resta saber como é o Creta N Line em um teste, uma vez que a Hyundai fez apenas um lançamento estático. Podemos falar apenas que a parte estética está aprovada.

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