Conheça o misterioso "SUV-cupê" que a Renault prepara para peitar o Compass
Chamado internamente de "LJC", projeto será lançado em 2020 e nascerá da mesma matriz de plataformas do Kwid
Muito se falou sobre um SUV do porte do Jeep Compass que a Renault estaria desenvolvendo para mercados como Brasil, Rússia e China. As especulações começaram em outubro do ano passado, quando imagens de uma aparente apresentação interna feita pela fabricante vazaram e deram as primeiras pistas desse carro.
Não tardou para que os rumores chegassem ao Brasil, embora praticamente transformados em desencontro de informações. Até mesmo o Kadjar foi cotado para ser tal produto.
No início deste mês o presidente da Renault no Brasil, Luiz Fernando Pedrucci, neutralizou parte dos burburinhos ao afirmar que, sim, o projeto existe, mas não, não é o Kadjar. E declarou que o modelo "está apenas em estudo" para o mercado brasileiro.
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Projeto LJC
UOL Carros conseguiu desvendar algumas informações sobre esse misterioso produto, que na verdade não é um mero estudo nem surgiu tão recentemente assim. Fontes consultadas pela reportagem asseguram que ele vem sendo trabalhado pela equipe local de engenharia há aproximadamente dois anos.
Sua sigla interna é LJC e não se trata propriamente de um SUV, mas sim de um "SUV-cupê" -- crossover que mescla os dois estilos -- de cinco lugares aos moldes de um BMW X4. Comprimento deve ser um pouco maior que o do Captur, ficando próximo justamente aos 4,41 metros do Compass.
Tal qual exposto pela apresentação vazada no fim de 2017, o modelo deve utilizar uma derivação esticada da plataforma modular CMF, a mesma que dá origem ao subcompacto Kwid. Só que, enquanto o Kwid utiliza a matriz CMF-A, voltada a subcompactos, o "SUV-cupê" será construído a partir da CMF-B, intermediária em dimensões e qualidade dos materiais de carroceria. Será, inclusive, o primeiro produto a nascer dessa especificação da matriz modular.
Na Europa já há diversos modelos da aliança Renault-Nissan feitos sobre a base CMF-C/D, ainda maior e mais avançada. É uma lógica similar à da base MQB da Volkswagen, embora no caso dos alemães todos os modelos sigam um padrão muito mais homogêneo de qualidade dos chassis.
Ligeiramente maior do que Duster e Captur, o projeto LJC está sendo preparado para brigar no cada vez mais aquecido segmento do Compass flex, na faixa de R$ 100 mil a R$ 150 mil. Seu grande trunfo será justamente o apelo "acupezado" da carroceria, tendência que já se mostrou bem-sucedida entre as marcas de luxo e que agora, ao que parece, começará a ser adotada por fabricantes generalistas.
Produção, muito provavelmente, ocorrerá em São José dos Pinhais (PR). Lançamento no Brasil não ocorrerá antes de 2020. Nesse sentido o mercado russo estará adiantado, já que o misterioso crossover deve aparecer no Salão de Moscou deste ano, em agosto, e ganhar as ruas em meados de 2019.
Fontes consultadas pela nossa reportagem afirmam que o LJC terá visual padronizado em todos os mercados onde for lançado, porém com "soluções específicas" para cada país. Aqui estamos falando de motorização. No caso do Brasil, deve ser utilizado o futuro motor 2.0 4-cilindros da família SCe, que estreará junto com a nova geração do Duster. Câmbio será CVT e tração, dianteira.
Nome definitivo é um mistério guardado a sete chaves, mas foi intrigante à nossa reportagem o fato de a Renault ter registrado no segundo semestre do ano passado a marca "Arkana" tanto no instituto de patentes industriais do Brasil quanto da França. Se será essa a escolha, precisaremos esperar para ver.
O que vem antes
Até a chegada do projeto LJC a Renault fará outros importantes lançamentos no Brasil. Ainda este ano chega a picape média Alaskan, baseada na nova Nissan Frontier.
No primeiro semestre de 2019 chegam as reestilizações de Sandero e Logan, com nova frente e lanternas traseiras horizontais ao estilo Fiat Argo e Hyundai HB20. Na segunda metade do próximo ano será a vez do novo Duster, com pompas de nova geração, embora seja montado sobre uma atualização da matriz B0.
Em fila de espera continua o "suvão" Koleos, que depende das definições do Rota do 2030 para enfim começar a ser importado, se é que será mesmo vendido por aqui.
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