Usado legal: Chevrolet Celta tem base antiga, mas manutenção barata atrai

Comprar um bom exemplar requer pesquisa e paciência. Saiba tudo sobre o quarto modelo usado mais vendido do Brasil
O Chevrolet Celta pesonifica uma daquelas velhas estratégias de perpetuar um projeto "jurássico" e de baixo custo no mercado a partir de uma ou outra mudança. Quarto carro usado mais vendido do Brasil, o compacto da GM surgiu em 2000 usando a plataforma do Corsa 1 (de 1994), e sempre figurou entre os mais vendidos do país.
Três anos após sair de linha, continua visado no mercado. A grande oferta facilita questões como preço e manutenção, mas os pretendentes do hatch necessitam de paciência: além de muitas versões, costuma ser aquele típico carro "sacrificado" por uma manutenção relaxada de seus proprietários.
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Fique de olho
Portanto, a aparência do Celta usado merece ainda mais atenção. Fique atento a detalhes como se as portas fecham sem que seja necessário testar sua força, se as mangueiras estão muito ressecadas e também se há ruídos anormais no motor ou ao esterçar o volante e/ou frear.
É preciso ainda ter em mente que se trata de um hatch de entrada. Desempenho e conforto são limitados, o isolamento acústico é sofrível, o acabamento deixa a desejar e a dirigibilidade é comprometida pelo volante torto herdado do Corsa de primeira geração.
Lembre-se que o Celta surgiu para ser uma opção mais barata ao irmão -- que ganhou nova geração em 2002 --, ao ponto de as primeiras unidades saírem da fábrica de Gravataí (RS) apenas na configuração duas portas e sem ar-condicionado -- nem como opcional.
"Celtinha" tem suas vantagens
Mesmo assim, o Celta é uma boa opção de compra para quem vai usar o carro em trajetos curtos ou como segundo automóvel. A ergonomia é eficiente e, apesar da aparência, a robustez do carro é sempre apontada pelos donos. As relações curtas do câmbio de cinco marchas dão agilidade em uso urbano, apesar de o motor berrar demais.
E tem a relação custo-benefício. Um Celta 1.4 de 85 cv da Família I, versão Super, pode ser encontrado por R$ 12 mil. Geralmente tem comando elétrico dos vidros dianteiros e travas, desembaçador e limpador traseiro. Veja se o ar gela decentemente, pois muitos eram instalados como acessórios ou fora de concessionárias.
As melhores opções
Se optar pela motorização 1.0, evite os primeiros modelos com motor de 60 cv. A partir de 2002, o 1.0 VHC gerava 70 cv e teve taxa de compressão aumentada. Flex, só a partir da linha 2006. Aí é melhor pegar um ano-modelo 2007 em diante, já após a reestilização de meia-vida.
Outra boa pedida são os 2010, já com acelerador eletrônico, motor 1.0 VHCE com potência elevada para 78 cv e mais econômico. Os preços variam de R$ 15 mil até R$ 19 mil, mas a má notícia é que a versão Super deixou de existir -- as mais “completas” são as LIfe.
Fica mais fácil garimpar os Celta de fim de vida. A linha 2014, com nova grade e painel renovado, traz direção hidráulica e até airbag duplo e freios ABS na versão LT, com preços a partir de R$ 23 mil. Se quiser fazer alguma manutenção na concessionária, a revisão de 40 mil quilômetros custa R$ 428.
Peças também não pregam sustos e são fáceis de achar. Conjunto com discos e pastilhas dos freios dianteiros pode ser encontrado por menos de R$ 100. Já a bomba de combustível tem preços entre R$ 200 e R$ 250.
Raio X
+Boas safras: 2005, 2010 e 2014.
+Melhores versões: Super e LT.
+Boa compra: LT 1.0 2014, com preços entre R$ 23 mil e R$ 26 mil.
+Pontos positivos: custo de manutenção, ergonomia e relações do câmbio.
+Pontos negativos: nível de acabamento, posição de dirigir e desempenho.
+Evite: as versões com o kit off-road e as primeiras unidades com motor 1.0 de 60 cv.
+Atenção: a ruídos vindos dos tambores dos freios traseiros; a manchas e cheiro de mofo na cabine (há relatos de vazamento de água devido à vedação desgastada das borrachas das portas); ao funcionamento do ar-condicionado (o Celta não vinha com o item de série e muitos donos optaram por instalar o equipamento fora das concessionárias); a barulhos ao pisar no pedal da embreagem.
+Recall: filtro de combustível (2013/2014).
+Para tirar (muita) onda: a série limitada Piquet, em homenagem ao tricampeão de Fórmula 1, na cor amarela, com aerofólio, saias laterais, spoilers e rodas de liga leve aro 13. Foram apenas 30 unidades em 2003. Se achar um à venda e que não te custe um pulmão...
+Últimos suspiros: A edição especial Advantage, de 2013, com acabamento mais claro no interior, ar, som com MP3, Bluetooth e entrada USB, direção hidráulica, travas e vidros dianteiros elétricos, airbags frontais e ABS.
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