Usado: Fiat 500 tem farta lista de equipamentos que compensa aperto
O desenho inconfundível é um dos principais apelos. Afinal, é difícil não simpatizar com o carrinho de traços retrô. Só que o Fiat Cinquecento vai além: com generoso nível de equipamentos e motores que sobram para seu peso, o subcompacto é um daqueles carros usados com custo/benefício agressivo -- seja para ser o segundo carro da família ou para solteiros convictos.
Releitura do clássico produzido entre os anos 1950 e 1970, o atual 500 começou sua trajetória no Brasil em 2009, vindo da Polônia como linha 2010. Hoje, esses "polaquinhos" têm preços entre R$ 28 mil e R$ 34 mil.
Mas o carro começou a vender mesmo a partir do segundo semestre de 2011, quando passou a ser importado do México como linha 2012 -- com valores entre R$ 33 mil a R$ 50 mil (deixou de ser vendido aqui entre 2015 e meados de 2017).
Para consultar os preços de tabela, use a Fipe atualizada com os valores de outubro.
Recheado
Vamos ao que interessa: o recheio. A versão de entrada do 500 mexicano, chamada Cult, já chegava com itens de segurança como controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, regulagem de altura dos faróis, freios ABS e airbag duplo (que à época ainda não eram obrigatórios). Ar-condicionado, trio elétrico, computador de bordo e rádio com CD/MP3-Player completam a lista.
As versões mais completas podem ser achadas com seis airbags, rádio com entrada USB e Bluetooth, ar com função automática e bancos couro. Algumas também têm sensor de ré, mas estacionar o carro de 3,54 metros é moleza -- ainda mais com a direção elétrica, extremamente suave.
O 500 ainda tem, em todas as versões, cintos de três pontos e encosto de cabeça para todos os ocupantes. Mas nem a sogra merece ser a passageira do meio no banco traseiro: o subcompacto da Fiat é aquele carro para uso comedido, até porque a carga útil é de apenas 320 kg e seu porta-malas cenográfico comporta só 185 litros.
Conjuntos mecânicos
Os dois motores 1.4 dão conta de mover o carro, de máximos 1.138 kg, com agilidade na cidade e na estrada. Porém, ambos têm manutenções salgadas. O Fire menos potente, de 85/88 cv, tem nas últimas revisões (de 60.000 e 75.000 km) custo respectivos de R$ 1.608 e R$ 592.
Na versão importada do México, ele podia vir com a caixa manual de cinco marchas -- de engates pouco precisos, é verdade -- ou com a enfadonha transmissão automatizada Dualogic, também de cinco. Evite-a, pois ela irrita pela imprecisão e pelo excesso de trancos.
Já o 1.4 16V MultiAir de 105/107 cv (flex a partir da linha 2014) é mais divertido e vem acoplado a uma caixa automática de seis marchas. O pós-venda, contudo, assusta mais: aquelas últimas revisões da qual falamos sobem para R$ 1.708 e R$ 1.608, respectivamente.
Diversão ao extremo só com as versões Abarth (2014 e 2015). Essa formiguinha atômica tem preços entre R$ 66 mil e R$ 82 mil para embasar o motor turbinado de 167 cv. Sem falar no acerto esportivo da suspensão, nas pinças de freio vermelhas e no visual cheio de personalidade.
Para quem não quer tanto, as duas opções aspiradas têm torque competente abaixo das 4 mil rpm, o que confere retomadas seguras e carro sempre com motor cheio. Alie a isso o comportamento dinâmico eficiente e o bom nível de equipamentos que se tem um carro versátil para cidade e viagens -- só que sem levar a casa junto.
Boas safras: 2014 e 2015.
Melhor versão: Sport é a mais completa.
Boa compra: Sport Air 1.4 16V flex AT 2014, com preços entre R$ 40 mil e R$ 50 mil.
Pontos positivos: Lista de equipamentos, comportamento dinâmico, visual charmoso e posição de dirigir acertada são os maiores destaques do carrinho.
Pontos negativos: Espaço, porta-malas, custo de manutenção e nível de acabamento.
Evite: As versões com câmbio automatizado Dualogic.
Atenção: A estalos na coluna de direção toda vez que virar o volante.
Atenção 2: A ruídos demasiados ao passar por buracos -- os modelos poloneses tinham acerto mais rígido da suspensão.
Atenção 3: A um possível ranger excessivo na hora de abrir e fechar as portas.
Atenção 4: O 500 teve as vendas interrompidas entre 2015 e meados de 2017.
Recalls: Troca do pedal da embreagem nos modelos importados entre 2011 e 2015.
Para tirar onda: A versão Abarth, com motor 1.4 turbo de 167 cv e acerto esportivo, esbanja desempenho, diversão e estilo.
Para tirar onda 2: A configuração Cabrio (conversível), vendida entre 2012 e 2014.
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