Segurança: zero-estrela latino se aposenta, novo Fiat Tipo derrapa

Um comunicado distribuído pela Nissan pouco antes das 19h desta quarta-feira fez a redação celebrar: o sedã mexicano Nissan Tsuru terá sua produção encerrada em maio de 2017, após 33 anos ("nasceu" por lá em 1984 como Sentra). E por quê nos importamos com um carro vendido no México? Por questões de segurança.
Claro, a Nissan mexicana ressalta quase 2,5 milhões de unidades vendidas do sedã, mas fato é que o Tsuru é uma aberração em termos de sobrevivência de seus ocupantes em caso de acidente. Em 2013, o Latin NCAP (consórcio privado de verificação de segurança que investiga carros fabricados no Brasil, Caribe e América Latina) deu classificação zero estrela para o sedã, tanto na segurança para adultos (recebeu índice 1.00 de 17.00), quanto para crianças (0 de 49). Um desastre.
Naquele mesmo ano, Clio e Agile também zeraram o teste de segurança do Latin NCAP e assustaram o Brasil: agora, o modelo da Renault será substituído pelo inédito Kwid, enquanto o Agile se aposentou precocemente.
Claro, o Tsuru ainda segue à venda por lá até 2017 tendo como foco público de taxistas, frotistas e mesmo consumidores comuns que precisam de transporte a baixo custo, algo cada vez mais raros em diversos mercados, inclusive no Brasil. Com preço de 144.600 pesos (R$ 24 mil), é o modelo mais barato da marca (o hatch March custa o equivalente a R$ 27.400 por lá) e um dos mais baratos daquele mercado. No lugar, são/serão produzidos modelos mais caros: Kicks e as novas picapes Nissan Frontier/ Mercedes-Benz Classe X.
Sua aposentadoria, porém, pode servir para que o bloco latino-americano tenha cada vez menos espaço para modelos inseguros. Por isso celebramos.
Por outro lado
Choramos, porém, uma nota ruim de um projeto novo e que deveria ser concebido de modo a ser o mais seguro possível. O europeu Fiat Tipo recebeu apenas três estrelas do Euro NCAP, quando equipado com itens de série. A avaliação sobe a quatro estrelas na configuração com os opcionais (aviso de colisão frontal e freio automático). Não há sistema de detecção de pedestres, que ajudaria a ampliar a nota da configuração mais completa.
Segundo o Euro NCAP, o problema do Tipo é visar preço menor, mas abrir mão de nível de segurança de série que seus rivais já oferecem.
Global, o projeto do novo Tipo não é confirmado para o Brasil, mas pode sim chegar por importação ou até mesmo dar origem a algum modelo local no futuro. Portanto, seria bom que esse modelo fosse o mais seguro possível.
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