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JAC quer renascer com T3, "mini-SUV" que só chega no fim de 2017

Tal qual o Chery "Tigginhno", JAC T3 possui vincos agressivos na tampa do porta-malas, inspirados no Hyundai HB20; lanternas usarão LED  - Gerson Mendes/UOL
Tal qual o Chery "Tigginhno", JAC T3 possui vincos agressivos na tampa do porta-malas, inspirados no Hyundai HB20; lanternas usarão LED Imagem: Gerson Mendes/UOL

Leonardo Felix<br>André Deliberato<br>Eugênio Augusto Brito

Do UOL, em São Paulo (SP)

23/09/2016 20h36

Se dependesse dos planos iniciais da JAC o pequeno crossover T3 já estaria rodando nas ruas brasileiras e sendo fabricado localmente em Camaçari (BA). Entretanto, inúmeros entraves e erros de planejamento alteraram toda a estratégia da marca chinesa para o Brasil, algo que só será corrigido em 2017. 

Até lá, sai de cena o T3, entra o T5. Este SUV de porte e valor agregado maiores é alternativa para salvar a operação nacional da fabricante por ora. Já se sabe que o T5 será montado em CKD num galpão improvisado na mesma cidade baiana, onde a Ford também produz, a partir do primeiro trimestre de 2017.

Claro, se mais nenhum imprevisto surgir.

JAC T3 flagra - Gerson Mendes/UOL - Gerson Mendes/UOL
Modelo tem porte de um "hatch altinho", porém um pouco mais parrudo
Imagem: Gerson Mendes/UOL

Para que servirá o T3?

Pequenino, o T3 será uma espécie de rival do CrossFox, portanto um modelo aventureiro compacto. O rótulo de "mini-SUV" fica por conta do marketing. 

Como vai ficar na geladeira por um bom tempo, o modelo de origem chinesa já chegará brigando com o Volkswagen e também contra Honda W-RV e Chery Tiggo 3X, segundo informações obtidas por UOL Carros

Mas o que garante que tudo isso vai sair do papel? O flagra feito pelo leitor Gerson Mendes, em São Caetano do Sul (SP).

A chegada às lojas não deve ocorrer antes do segundo semestre de 2017. Até lá, segundo fontes, um possível fim da aplicação do super-IPI a veículos importados, dando liberdade à marca para vender mais de 4.800 carros por ano sem pagar 30% extras de tributação, pode facilitar a venda do modelo.

A ideia é oferecer o T3 a preço bastante agressivo: menos de R$ 50 mil, atual faixa de versões de topo de hatches compactos.

Se der certo, o T3 pode recolocar a JAC no jogo, com volume de vendas considerável -- reaproximando a marca do começo de ouro no Brasil, quando entregou 3 mil carros por temporada. De quebra, pode matar praticamente toda a gama de compactos da JAC (J2 e J3), que trazem pouca rentabilidade num mercado retraído e mais interessado em SUVs.

Caso contrário o foco continuará todo sobre os dois SUVs de maior valor agregado, T5 -- que ganhará câmbio CVT até o fim deste ano -- e T6. 

Recheio do T3

Importado da China, o crossover usará trem-de-força igualzinho ao do T5: motor 1.5 flex de 125/127 cv de potência e 15,5/15,7 kgfm de torque (gasolina/etanol), acoplado a transmissão manual de seis marchas ou CVT.

O flagra mostra que o modelo, assim como o Tiggo 3X, beberá da fonte dos atuais compactos em relação a visual e vincos, porém com altura e espaço inspirados nos aventureiros CrossFox, Renault Sandero Stepway e Hyundai HB20X.

A unidade flagrada exibe lanternas bipartidas, espichadas e sublinhadas por chamativos filetes em LED. Direção elétrica, ar-condicionado e central multimídia com projeção de celulares (numa versão mais simples que a do T5) devem compor o pacote de equipamentos.

Chances de aparecer no Salão de São Paulo, em novembro? Zero, até porque a JAC declinou sua participação na mostra.

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