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Jeep acelera apresentação do novo Compass para antes do Salão

Leonardo Felix

Do UOL, em São Paulo (SP)

06/09/2016 16h35

O substituto do Compass, SUV médio que será produzido em Goiana (PE), ao lado de Renegade e Fiat Toro, será mesmo a grande estrela da Jeep no Salão de São Paulo 2016, em novembro. Isso não significa que o modelo não vá dar as caras antes.

Nas últimas semanas UOL Carros recebeu uma enxurrada de flagras do "jipe" enviados por leitores. O volume intrigou nossa reportagem, e indica que o utilitário se encontra em estágio final e acelerado de desenvolvimento.

Flagra do Jeep nacional que substituirá o Compass - George Franklin Nascimento/UOL - George Franklin Nascimento/UOL
Esta unidade com faróis baixos acesos (incluindo luzes de neblina, o que não é recomendado) deixa escapar que iluminação será convencional, apesar
Imagem: George Franklin Nascimento/UOL
Segundo informaram fontes ligadas à marca, a apresentação mundial deve ocorrer antes da mostra automotiva, muito provavelmente no fim de setembro. Será uma espécie de avant-première global do modelo, visto que ele será apresentado pela primeira vez no mundo em nosso país, conforme determinado pelo chefão do grupo FCA, Sergio Marchionne.

É provável, ainda, o surgimento de algum tipo de sistema de pré-venda.

Aparição nas lojas também tende a ser acelerada para o último trimestre do ano, a fim de deixar o utilitário -- cujo nome segue como segredo guardado a sete chaves, embora a aposta mais segura seja na manutenção de "Compass" -- pronto para dominar o segmento em 2017.

Atualmente nenhum de seus concorrentes tem vendido mais do que 1.000 unidades ao mês. Embora executivos do grupo não tenham detalhado ainda as metas de vendas, não seria nenhum absurdo esperar que o novo Compass emplaque entre 1.500 e 2.000 exemplares mensalmente, o que o deixaria com sobras na liderança.

Para isso a estratégia de preços será agressiva: conforme antecipado por UOL Carros, a versão de entrada flex pode ser posicionada abaixo de R$ 120 mil, conflitando com o Renegade Trailhawk 4x4 diesel.

Já a de topo deve superar R$ 160 mil. Com o lançamento de seu segundo produto nacionalizado, a Jeep terá a seguinte gama no Brasil:

+Renegade: entre R$ 70.000 e R$ 120.000
+Novo Compass: entre R$ 120.000 e R$ 160/170.000
+Cherokee: a partir de R$ 170.000
+Wrangler: a partir de R$ 185.000
+Grand Cherokee: a partir de R$ 220.000 

Flagra do Jeep nacional que substituirá o Compass - Daniel Navarro/UOL - Daniel Navarro/UOL
Protetores nas caixas de rodas e para-choques sinalizam para versão 4x4 aventureira
Imagem: Daniel Navarro/UOL

O que os flagras mostram

UOL Carros escolheu imagens enviadas por três leitores -- Daniel Navarro, Eder Ramos Pereira e George Franklin Nascimento, a quem agradecemos -- para mostrar o que já dá para saber sobre o SUV. Veja todas as fotografias selecionadas no álbum.

Mesmo com a camuflagem estendida ao conjunto óptico, é possível perceber que o novo Compass usará filetes em LED tanto nos faróis quanto lanternas. Será preciso aguardar o lançamento para descobrir se os guias frontais funcionarão como luz diurna ou mera assinatura.

Os LEDs também ajudam a perceber a silhueta afilada e horizontalizada dos dois conjuntos -- as lanternas são bipartidas --, ambos formados por um "degrau" que torna a parte interna ainda mais fina. Outro registro frontal deixa escapar que o restante da iluminação -- faróis e luzes de neblina -- será convencional, provavelmente com auxílio de projetores.

Rodas de dois desenhos diferentes apareceram nos flagras, porém sempre com diâmetro largo e cinco raios -- a única mudança deve ser a aplicação de acabamento diamantado para versões mais caras.

Flagra do Jeep nacional que substituirá o Compass - George Franklin Nascimento/UOL - George Franklin Nascimento/UOL
Filetes em LED permitem identificar todo o formato bipartido das lanternas
Imagem: George Franklin Nascimento/UOL
Caberá às suspensões elevadas e munidas de arquitetura multibraço nos dois eixos -- tal qual Toro e Renegade, irmãos de plataforma -- o papel de compensar o uso de pneus de cintura relativamente fina, especialmente nas versões flex.

Capô terá formato de "concha", porém com balanço dianteiro esticado e bico mais curvilíneo em relação ao Renegade. A grade, obviamente, será formada pelas sete faixas verticais características da Jeep. Já as caixas de roda ostentarão protetores abaulados em formato trapezoidal nas versões de topo, outra característica da marca.

Motorização já é conhecida desde o início deste ano: versões bicombustível usarão o motor 2.0 Tigershark (importado), naturalmente aspirado de 160 cv, acoplado à transmissão automática de seis marchas da Aisin; já as diesel receberão o consagrado trem-de-força de Renegade e Toro: 2.0 MultiJet turbodiesel de 170 cv, gerenciado por câmbio automático de nove velocidades da ZF e com tração 4x4.

Outra promessa é oferecer um modelo referência em tecnologia, peso e dirigibilidade no segmento. Gama de versões deve ser similar à do Renegade.

Procurada, a assessoria da Chrysler não confirmou o cronograma.

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