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Motores do "Dieselgate" da Volks não cumprem metas antipoluição, diz estudo

Nos Estados Unidos alguns pátios com carros correlatados ao escândalo são chamados de "Cemitérios do Volkswagen Dieselgate" - Carlos Osorio/AP - 24.1.2017
Nos Estados Unidos alguns pátios com carros correlatados ao escândalo são chamados de "Cemitérios do Volkswagen Dieselgate"
Imagem: Carlos Osorio/AP - 24.1.2017

13/03/2018 19h54

Embora emissões sejam inferiores às de antes, elas continuam acima dos limites

Os carros da Volkswagen relacionados ao Dieselgate continuam sem cumprir as normas antipoluição de diversos países, apesar de terem sido chamados à revisão para corrigir seus motores em algumas regiões.

Essa revelação é de um estudo publicado nesta segunda-feira (12) pela Associação Australiana do Automóvel (AAA).

No fim de 2015, a maior fabricante mundial de automóveis reconheceu que 11 milhões de seus carros movidos a diesel usavam um software para manipular resultados de testes de poluição, já que suas emissões superavam em 40 vezes o máximo estabelecido.

Mas, embora esses veículos tenham em sua maioria passado por "recalls", segundo o estudo eles continuam não respeitando os limites impostos.

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"A análise das emissões (...) demonstra que veículos Volkswagen afetados utilizam 14% a mais de diesel após a revisão [recall] e que têm níveis de emissões nocivas superiores em 400% aos que tinham sido observados nos testes de laboratório", indicou a AAA.

Embora as emissões sejam inferiores às de antes do recall, elas continuam acima dos limites autorizados -- pelo menos na Austrália, segundo a associação, que fez os testes em colaboração com a Federação Internacional do Automóvel (FIA).

Contudo, a Volkswagen garantiu que a KBA, agência federal alemã do automóvel, aprovou a revisão de seu software e que os veículos revisados "continuam cumprindo as normas europeias e australianas de emissões".

No total, cerca de 6 milhões de veículos (42 mil na Austrália) tiveram o recall convocado, segundo informações da Volkswagen. No Brasil, o único modelo envolvido é a picape Amarok, que na ocasião foi chamada para correção.