Duster 1.3 tem bom custo-benefício, mas 'cobra caro' por ser mais barato

Depois do Captur, chegou a vez de o Duster ganhar motor 1.3 turbo. Porém, diferentemente do modelo mais sofisticado, neste apenas a opção topo de linha veio com com o propulsor de 170 cv. Com isso, a Renault perdeu a oportunidade de ter um dos conjuntos mais fortes do segmento em uma variedade de preços.

Ainda assim, o Duster Iconic TCe é uma das opções com melhor custo-benefício para quem quer um SUV rápido e bem equipado - perde apenas para o 208 em preço (veja abaixo). Seu motor turbo o coloca no mesmo patamar do Captur, T-Cross Highline, Renegade, C4 Cactus e 20008 quando o assunto é desempenho. O Creta topo de linha (2.0), apesar de potência semelhante, é um pouco mais lento para acelerar e retomar velocidade.

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O Duster Iconic TCe tem preço sugerido de R$ 141.290. São R$ 1.000 a menos que o Captur. Porém, esse valor é para a configuração Zen do modelo mais moderno. Quando se compara o Duster ao Captur com o mesmo nível de equipamentos, o Iconic, a diferença aumenta bastante, pois a tabela dessa configuração é de R$ 156.290.

No caso do T-Cross, a versão Highline, única com o 1.4 turbo de 150 cv, tem tabela é de R$ 159.930. Entre os mais vendidos, um dos que mais se aproximam do Duster é o Renegade. Agora apenas equipado com motor 1.3 turbo de 185 cv, tem até uma versão mais barata, a Sport, por R$ 129.990.

Porém, a equivalente em equipamentos à Iconic TCE é a Longitude, que sai por um pouco a mais, R$ 145.490. Claro que há inúmeras outras opções de SUVs compactos. Mas, aqui, a comparação é com aqueles que se destacam por terem os melhores desempenho da categoria.

O C4 Cactus, embora esteja prestes a mudar, também é bem próximo ao Duster, por R$ 142.900 na versão com motor turbo, Shine. Já o 2008 custa bem menos. Sua versão de topo, Griffe, sai a R$ 124.990. E ainda há uma outra configuração com o 1.6 turbo, a Style, por R$ 119.990.

O custo de ser mais barato

O pacote de equipamentos do Duster é bem interessante. Ele tem câmera 360, partida por botão e chave presencial. Já sai de fábrica com central multimídia sensível ao toque e ar-condicionado digital. Os bancos são de couro.

São itens essenciais para uma versão topo de linha, obrigatórios para o cliente que busca um carro desse segmento. Mas eles não conseguem esconder a simplicidade do projeto, que fica clara na ausência de porta-objetos e até no cinto de segurança com moldura feia e sem ajuste de altura.

Não dá para fazer uma crítica tão forte ao freio de estacionamento manual, pois esse item está em parte da concorrência. A ausência de saída de ar atrás também não é tão incomum no segmento. A baixa oferta de entradas USB, no entanto, mostra a defasagem, assim como o painel de instrumentos bem simplificado.

A suspensão traseira é por eixo de torção, assim como na maioria dos SUVs compactos - a exceção é o Renegade. Os freios traseiros, por sua vez, são a tambor.

Mas é andando que o Duster faz a diferença. É tão rápido quanto o Renegade, que se tornou uma das referências da categoria. E aquela antiga direção "bobona" é um problema já resolvido na última mudança, no início de 2020. O modelo oferece agora prazer de dirigir.

Vale a pena?

Por que levar o Duster, e não um dos concorrentes? O modelo da Renault é aquele que oferece o maior porta-malas e o melhor espaço interno da categoria. Então, se as coisas espartanas que ele tem não fazem diferença no seu dia a dia, o carro é um bom negócio.

Claro que dá para pagar um pouquinho a mais pelo Renegade Longitude. Mas, nesse caso, não haverá bom porta-malas nem amplo espaço interno. Outra opção é economizar bastante com o 2008, que é até mais moderno.

O grande problema do Peugeot é que ele é quase um hatch, tem espaço traseiro apertado e porta-malas bem limitado. Mas pode ser a melhor opção para clientes que não precisam dessas características.

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