911 GTS é Porsche luxuoso sem perder a alma esportiva da marca

Depois de lançar as versões Carrera e Turbo do 911, além do modelo de pista GT3, chegou a vez da GTS, intermediária. Se por um lado essa opção investe forte no apelo visual esportivo, por outro tem luxos que não são comuns de ver em um carro esportivo tão tradicional.

O preço parte de R$ 989 mil para a versão com tração traseira. O 911 GTS tem luxos como painel virtual e até teto solar elétrico. O acabamento é muito sofisticado, combinando couro com costura aparente e Alcântara.

Há também alguns detalhes na cabine para ressaltar a esportividade, como o uso de fibra de carbono. Os bancos têm comandos elétricos (com três posições de memória).

O multimídia sensível ao toque é a central de comando do carro e semelhante ao dos modelos Cayenne. A única diferença é que a tela é um pouco menor. O ar-condicionado tem duas zonas de temperatura.

Esportividade

O luxo, no entanto, é só uma "camuflagem" para o 911 GTS. O visual externo do carro é pura esportividade, ressaltada pelos detalhes escurecidos na dianteira, lateral e traseira.

As rodas de 20 polegadas são bem abertas e também escurecidas - há opções variadas no configurador da Porsche, caso o cliente queira escolher. Elas deixam à mostra os grandes discos de freios e as pinças - que no exemplar testado estavam pintadas de vermelho, mas têm outras opções de cor.

O que mais chama a atenção, no entanto, é o imenso aerofólio traseiro pintado de preto. Além de deixar o visual mais agressivo, o componente também tem função aerodinâmica. Entre suas missões está manter o 911 GTS mais grudado no chão em alta velocidade, por exemplo.

Outro destaque da traseira fica por conta das saídas de escape duplas. O escape, aliás, é esportivo. Dá para modular o som do boxer de seis cilindros por meio dos modos de condução, ou de um botão exclusivo para esta função.

Desempenho

Toda a "camuflagem" sofisticada do 911 GTS mostra que é apenas um charme quando o motorista está ao volante. A começar pelos bancos esportivos que deixam o condutor grudado no chão. Opcionalmente, há bancos do tipo concha, por mais de R$ 30 mil.

O conta-giros analógico no meio do painel virtual está em qualquer Porsche, desde o Cayenne. É algo para mostrar que, em um carro da marca, o que importa é fazer o motor gerar, algo que ganha mais sentido ainda no boxer 3.0 seis-cilindros do GTS.

Acelerar: esta é a palavra no 911 GTS. São 480 cv de potência e 58,1 mkgf a apenas 2.300 rpm. O câmbio é o PDK, automatizado de oito marchas e duas embreagens.

Na função Sport Plus, a mais esportiva, a rotação já sobe de 2 mil para 3 mil giros e o modelo está pronto para ser acelerado, comando que faz o corpo grudar contra o banco e o motor roncar alto.

Há ainda o Sport Response, botão mágico que deixa o carro ainda mais impetuoso para acelerar durante 20 segundos. São 3,4 segundos para ir de 0 a 100 km/h e velocidade máxima de 310 km/h.

Mesmo no Sport Reponse, o carro, com tração traseira e motor traseiro, dificilmente perde seu perfeito equilíbrio. Mas, se perder, ele tem sistemas eletrônicos de gerenciamento capazes de corrigir os erros do motorista.

Luxuoso? Sim. Mas sem jamais perder a essência de esportividade que sempre marcou a história do 911.

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