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Jeep Commander: testamos o consumo do SUV com motor 1.3 turbo flex

Jeep Commander flex - Divulgação
Jeep Commander flex Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

25/04/2022 04h00

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Lançado no fim do ano passado, o Commander vem cativando clientes de SUVs derivados de picapes, como Toyota SW4. Primeiro Jeep desenvolvido no Brasil, traz entre seus apelos os sete lugares, característica até então muito procurada pelos clientes em carros de outras marcas. Outro destaque é a tecnologia embarcada.

O resultado são filas longas para obter o Commander zero-km. A demanda está alta para a capacidade de produção. As versões a diesel, com excelente autonomia, são as que vêm atraindo os olhos dos donos de SUVs derivados de picapes.

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Mas há também as com o motor 1.3 turbo flexível de 185 cv, que estreou no Compass. Elas concorrem com o Caoa Chery Tiggo 8 - em breve, o VW Tiguan voltará ao mercado brasileiro.

Esse propulsor é muito elogiado por engenheiros da indústria automobilística por suas soluções modernas. Além disso, garante ótimo poder de retomada aos modelos que o usam - agora, também está no Renegade.

Porém, já no Compass, o consumo não foi dos mais elogiados. Como será ele no Commander, um carro maior e mais pesado - a versão Overland do flex pesa mais de 1.700 kg? Eu fiz o teste na cidade e na estrada.

Consumo do Commander flex

Antes de falar sobre o consumo, é preciso relembrar que, apesar de ser turbo e ter injeção direta, além de ótimas soluções para melhorar seu desempenho e reduzir emissões, o 1.3 turbo é potente e oferece torque alto - 27,5 mkgf. O resultado é um desempenho bem convincente.

Com isso, vem também um consumo que está bem distante dos entregues por motores turbo com números de potência e torque menos exuberantes. Bom desempenho tem sempre um custo.

No primeiro cenário, rodei 200 km nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes, de pista dupla e trânsito rápido. Fui fazendo o tempo todo acelerações fortes, dessas que são necessárias para realizar uma ultrapassagem em pista simples, por exemplo.

Rodei exatos 205 km e enchi o tanque. Foram 31,46 litros. Ou seja: 6,5 km/l de etanol. Alto? Demais. Mas, nesse cenário, eu exigi tudo do carro.

Outros cenários

Nos quilômetros seguintes, passei a rodar a cerca de 100 km/h constantes. Na hora de ganhar velocidade, fiz o processo sempre de maneira bem progressiva, como se estivesse usando o controlador de velocidade adaptativo. Em uma rodovia como a Anhanguera, isso é possível, pois quase nunca é necessário ganhar velocidade rapidamente para uma ultrapassagem.

Com isso, o consumo caiu para 9,1 km/l de etanol, um bom número para um carro que oferece esse desempenho. No trecho final, alternei acelerações progressivas com retomadas mais impetuosas, e obtive 8,2 km/l.

O maior problema do Commander flex foi a autonomia. Viajei 410 km do carro e a rodei 300 km com um tanque abastecido de etanol. O compartimento de combustível tem 60 litros, de acordo com informações da Jeep. Porém, mesmo rodando bastante na reserva antes de reabastecer, sempre cabem 50 litros - algo também observado no Compass.

Na cidade, rodei quase 100 quilômetros por sete dias, sem passar por vias urbanas de trânsito rápido, como as marginais dos rios Pinheiros e Tietê, em São Paulo. Nesses locais, quando não há trânsito, as condições são mais parecidas com as de uma rodovia de pista dupla.

O resultado: consumo médio de 4,5 km/l, também com 100% de etanol no tanque. O Commander flex tem preço de R$ 215.018 na versão Limited e R$ 242.384 na Overland.

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