Por que Hyundai ficou devendo rival da Toro após divórcio da Caoa no Brasil
Um dos segmentos mais cobiçados do mercado brasileiro parece não seduzir os sul-coreanos da Hyundai. A picape Santa Cruz, que seria uma rival de peso para a Fiat Toro, segue fora dos planos da marca para o Brasil. Muita gente esperava que, com a unificação da rede e o controle da operação agora 100% com a matriz, a picape entraria na lista dos modelos que começam a ser importados ainda neste ano.
Até recentemente, a Caoa era responsável por comercializar os modelos importados da Hyundai, que assumiu todas as vendas de veículos em nosso mercado, sejam nacionais ou trazidos do exterior, após um acordo entre as partes.
Mas, pelo que vimos no evento no qual a Hyundai apresentou os próximos lançamentos para o Brasil, realizado na última quarta-feira (6) em São Paulo (SP), o que teremos de novidade em 2024 são o SUV grande Palisade e o hatch elétrico Ioniq 5. Outro anúncio feito foi o da venda do Tucson reestilizado e o caminhãozinho HR em toda a rede Hyundai, agora unificada e com 250 lojas.
Outras possibilidades de chegada que foram anunciadas são do exótico e polêmico novo Santa Fe e o híbrido Kona, que deram as caras no evento apenas para demonstração. Esses estão quase certos para o nosso mercado, mas isso só deve ser anunciado em 2025.
Além disso, os executivos da Hyundai também confirmaram que dois novos modelos começarão a ser produzidos no ano que vem na planta de Anapólis (GO), que segue com o Grupo Caoa.
Bem que poderia ser a picape, mas a tendência, segundo o que foi falado durante o evento na capital paulista, é priorizar os modelos que já construíram imagem junto ao consumidor brasileiro, como Elantra, Sonata ou Azera.
A picape Santa Cruz tem um tamanho intermediário entre a Fiat Toro e a Ford Maverick. Seu visual conquistou os brasileiros sem mesmo andar por aqui. Em todas as postagens que fazemos com a picape, os comentários são quase que unânimes em elogiar o design do modelo e ainda em desejar a chegada dele no país.
Uma das explicações para não trazer a Santa Cruz neste momento pode estar no custo. Como seria importada de um mercado sem acordo tributário com o Brasil, a picape não seria barata e poderia sofrer o mesmo mal que a Maverick passa por aqui. Um bom carro, mas que vende muito pouco.
Acredito que os sul-coreanos só pensariam em introduzir a picape Santa Cruz em nosso mercado caso ela fosse fabricada aqui. Mas pelo quadro apresentado pela Hyundai para os próximos anos, os planos são outros para o Brasil.
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Opinião
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