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Jorge Moraes

REPORTAGEM

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Toyota Corolla Cross: escapamento polêmico está com dias contados

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Colunista do UOL

11/08/2022 11h00

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Unanimidade: o escapamento do Toyota Corolla Cross é feio, estranho, pois não combina com a arquitetura do produto. Dos 5.500 funcionários da montadora, provavelmente 5.499 pensam como eu. A peça deve ser trocada - e o quanto antes.

As palavras "escape do Cross", peça que tem um carinhoso apelido de mercado, devem dar o maior trabalho de defesa para a comunicação da Toyota do Brasil. E olhe que o freio de estacionamento no pé já foi temporariamente esquecido.

Diante do caso da parte final do sistema de exaustão, perguntamos ao CEO da marca para América Latina, Masahiro Inoue, conhecido Massa san, sobre o que ele pensa.

Simpático e com extrema educação japonesa, o alto executivo confessou com um leve sorriso no rosto ao UOL Carros que entende as críticas e que certamente mudará a peça na meia-vida do modelo.

A Toyota trabalha com o compromisso da melhoria contínua, ouvindo a base de clientes e filtrando as críticas. E haja filtro, pois um dia desses falamos da central multimídia no Corolla sedã com o antigo acabamento que simulava um tubo de TV no painel. Eles mudaram e foram rápidos. Era mais fácil e não dependia diretamente do Japão para isso.

Explicando melhor o processo, não é simplesmente trocar por trocar o escapamento do campeão de vendas da marca. Tem a questão da engenharia, das emissões, e a fabricante vive uma profunda relação de afeto com o meio ambiente. Ficou claro isso durante a nossa estada no seminário Rotas Tecnológicas realizado pela montadora na fábrica de Sorocaba, interior de São Paulo.

Nele, a Toyota explica a aposta nas diversas tecnologias a partir da híbrida flex utilizada na família Corolla com o motor 1.8. Os japoneses, ao mesmo tempo, olham para o futuro com os modelos que não precisam de tomada de carregamento, não dependem da estrutura na base da eletrificação, tomadas e carregadores.

Focam também nos plug-in (sistema que será empregado a partir dos SUVs da Lexus) e também tratam do tema para o carro movido a célula de hidrogênio, demonstrado no Mirai. Imagine um veículo de porte, como o Camry, dispensando através de um botão no painel água pronta para o consumo. Demais! Esse é o processo 100% limpo.

O hidrogênio é armazenado em três tanques e para injetá-lo em 100% é necessário 700 BAR de pressão no complemento dos recipientes. Processo que garante uma autonomia de 600 km. Tecnologia que, para funcionar no Brasil, eu teria que virar avô antes.

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