Depois do funk, é a vez do rock e do metal dominarem o Carnaval de Salvador
Se Salvador já se rendeu ao funk, por que não ao metal também? Carlinhos Brown passeou pelo Circuito Dodô com a banda Angra como convidada especial no trio Black Rock, levando muito peso à capital baiana neste domingo (11) de Carnaval.
No repertório, além das faixas principais da banda brasileira, clássicos de KISS, AC/DC e Guns N' Roses foram celebrados pelos foliões que invadiram a Barra-Ondina.
As músicas eram acompanhadas pela percussão que segue Brown, dando uma nova cara que é a mistura que o Carnaval propõe.
"Tem um fã do Iron Maiden, do Chiclete com Banana. Tem de tudo aqui", comemorou Brown.
"Estamos aqui de teimosos, contra tudo e contra todos, para mostrar que o metal não é restrito", define o guitarrista Rafael Bittencourt em entrevista ao UOL, poucas horas antes do trio sair
Considerado um gênero musical fechado, mesmo no Brasil com Sepultura e o próprio Angra apresentando desde os anos 90 discos pesados em que o regionalismo casava com a distorção das guitarras, o metal já viu uma chuva de garrafadas em Carlinhos Brown no Rock in Rio 2001, mas parece que isso não afetou em nada a relação do músico com o estilo.
"A primeira vez que tocamos aqui, no Carnaval de 2016, estávamos com medo da reação do público, de como eles iriam nos receber, e foi fantástico. Por isso sempre voltamos", diz o guitarrista Marcelo Barbosa.
Rafael completa: "As pessoas falam que estamos aqui por marketing, mas é pelo contrário. Eu acredito no poder da música, por isso estou aqui. E o Brown se esforça muito em dar força para o metal".
Vocalista do Angra, o italiano Fabio Lione fez sua estreia no maior evento do ano na capital baiana, mas garante estar "acostumado" com o Carnaval. "Na Itália, a gente tem isso também, em Florença por exemplo tem Carnaval, são umas quatro ruas e juntam 15 mil pessoas". O show do Carlinhos Brown com participação do Angra em Salvador estava um pouco mais lotado do que isso.
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