Em Salvador, mototáxis "pipocas" disputam passageiros com regularizados

Basta colocar os pés em Salvador que logo você ouve o pedido: "Quer mototáxi?". O meio de transporte veloz é a maneira encontrada para 30 mil foliões se locomoverem mais facilmente durante todo o Carnaval baiano.
Mas atrás da agilidade, há uma briga interna entre os trabalhadores concorrentes. Segundo apurou o UOL, a prefeitura de Salvador impôs algumas condições para que os 660 motoqueiros estivessem regularizados de acordo com um planejamento inédito.
Para tentar se adequar às condições do governo, muitas pessoas chegaram a gastar R$ 2 mil com a padronização da cor da moto e ainda com a mudança para a categoria de aluguel. Isso sem falar que quem estivesse em dívida com a prefeitura - contas de água ou luz, por exemplo - não poderia nem se inscrever e muito menos participar do curso encomendado pela polícia aos mototáxis.
O que se vê na rua, entretanto, é diferente do esperado. Diversos mototáxis sem o selo da prefeitura passeiam tranquilamente, e sempre com alguém na garupa.
O UOL ouviu alguns motoqueiros regularizados, que preferiram não se identificar, que apoiam a iniciativa da prefeitura, mas apontam que o resultado na prática é diferente do esperado.
Muitos chegam a trabalhar quase 20 horas por dia durante o Carnaval e admitem que o movimento é grande, mas ao mesmo tempo quem não tirou um centavo do bolso para se regularizar pega uma fatia da clientela.
Já os "pipocas" ouvidos pelo UOL se defendem, afirmando que é a única forma deles trabalharem e que ainda assim a prefeitura dificulta para "tirar o pão do trabalhador", com radares em excesso e bloqueios desnecessários.
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