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Sanofi fecha acordo de US$2 bi para desenvolver vacina contra o coronavírus

A Sanofi espera que sua candidata à vacina mRNA para covid-19 entre em testes clínicos até o final do ano - FilippoBacci/Getty Images
A Sanofi espera que sua candidata à vacina mRNA para covid-19 entre em testes clínicos até o final do ano Imagem: FilippoBacci/Getty Images

De Sudip Kar-Gupta e Manas Mishra

Em Paris (França)

23/06/2020 15h46

A farmacêutica francesa Sanofi acertou acordo de 2 bilhões de dólares com a Translate Bio, expandindo sua colaboração no desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus, o que impulsionava as ações da empresa norte-americana de biotecnologia.

O acordo reforça as credenciais da Sanofi em um mercado envolvido em uma frenética corrida para encontrar uma vacina segura e eficaz contra a doença que matou mais de 472 mil pessoas no mundo.

As empresas disseram que expandirão parceria para desenvolver uma ampla gama de vacinas de mRNA. A tecnologia mRNA (ácido ribonucleico mensageiro), uma área de especialização da Translate Bio, instrui as células a fabricarem proteínas específicas que produzem uma resposta imunológica contra uma doença.

As ações listadas da Bio chegar a ter alta de 66% com as notícias antes de reduzirem a valorização para cerca de 35% nesta tarde. As ações da Sanofi fecharam estáveis a 93 euros.

O acordo dará à Sanofi cerca de 7,2% da Translate Bio e direitos exclusivos em todo o mundo para desenvolver, produzir e vender vacinas contra doenças infecciosas usando a tecnologia da empresa norte-americana.

A Sanofi espera que sua candidata à vacina mRNA para covid-19 entre em testes clínicos até o final do ano e, se for bem-sucedida, obtenha aprovação regulatória no segundo semestre de 2021.

Em comunicado enviado antes de um evento online de pesquisa e desenvolvimento realizado nesta terça-feira, a Sanofi disse que poderá fornecer uma capacidade anual entre 90 milhões e 360 milhões de doses.

"Estamos em testes pré-clínicos. O que não sabemos até agora é qual será a dose da vacina", disse o presidente-executivo da Translate Bio, Ronald Renaud, à Reuters.