Quarto, comida, piscina: 10 cuidados em hotel para não prejudicar a saúde

Viajar tem tudo a ver com férias e verão, mas também exige alguns cuidados para se evitar problemas de saúde e acidentes que podem antecipar a volta para casa. Se você pretende se hospedar em hotel, é importante saber a que ficar atento. A seguir, VivaBem, com apoio de especialistas, lista o que pode ajudar antes de se fazer a reserva e depois.

Tudo para evitar riscos, aproveitar o momento, sozinho, com amigos, pais, parceiros ou filhos, descansar, se divertir e guardar boas recordações. Na pior das hipóteses, tente mudar de hotel.

Não use nada fedido ou com manchas

Roupas de cama e banho devem estar limpas, com aparência de novas. Com manchas ou odor forte, sem chance. Se o quarto não é ventilado ou usado há tempo, peça para trocar.

"Fungos e ácaros podem ter se multiplicado ali, facilitando alergias e asma. Se houver cortes recentes na pele, de pós-operatório, ou o hóspede esteja com imunidade baixa, há risco aumentado para infecções", adverte Wendell Uguetto, cirurgião plástico do Hospital Albert Einstein (SP).

Dê preferência ao box do que à banheira

Em termos de higiene é preferível banho no box, pois na banheira há contato com o corpo inteiro. Sem limpeza adequada, especialmente em se tratando das de hidromassagem, que têm sistema de tubulação que quando acionado pode levar resíduos para a parte interna do utensílio, é possível se contaminar e ter infecções de pele e genitais. Para eliminar impurezas, antes do uso, tampe e encha a banheira de água quente até a borda e minutos depois esvazie.

Não sente sem roupa nos móveis do quarto

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Imagem: Thiago Braga / UOL Esporte

Por precaução, se o hotel não parecer 100% confiável, não se sente diretamente, sem roupa, em estofados, cadeiras ou mesmo saunas. Coloque sobre as superfícies um lençol ou toalha disponibilizados lacrados e que não serão novamente utilizados.

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"Superfícies mal higienizadas, sem dedetização, podem transmitir escabiose, fungos, bactérias e percevejos, que ficam em frestas", alerta Maria Clara Gordiano, dermatologista do Hospital São Rafael, de Salvador.

Prefira janela aberta ao ar-condicionado

Com cortinas, carpete, papel de parede de tecido, deixe o quarto ventilar. O ar-condicionado ligado suspende o que está no ambiente e se for um modelo antigo pode ser que esteja sem manutenção, com filtro sujo, o que prejudica tanto a respiração como a pele.

Além disso, é preferível ar-condicionado individualizado do que um central, o que possibilita ao hóspede regular a temperatura e evitar sofrer choque térmico, da transição do calor para o frio.

No self-service, melhor evitar comida crua

É recomendável que não se coma salada, sobretudo com muita opção de folhas, fora de casa, independente da procedência do hotel, orienta Gabriela Cilla, nutricionista graduada em gastronomia pelo Senac e da Clínica NutriCilla (SP).

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"Por causa da rotatividade alta, da troca de alimentos, pode ocorrer displicência na higienização. A primeira leva costuma ser melhor, mas conforme a rotina fica corrida, maiores os riscos, sem falar no tempo de exposição", diz Cilla.

Quando nunca comeu, vá com moderação

A nutricionista acrescenta que em viagens, ainda mais para lugares novos, em que a gastronomia e a cultura são muito diferentes, experimentar novos sabores sem cometer exageros é mais assertivo. "Não fuja muito da sua rotina alimentar, ainda mais com históricos (de alergia, sensibilidade estomacal, intolerância, gastrite, vômito, diarreia), e se vai comer algo gorduroso, moderação com acompanhamentos, para não pesar, ainda mais no clima quente".

Se requer acessibilidade, não ignore sua falta

Com idosos, pessoas com deficiências e em recuperação de tratamentos, fuja de hotéis que não priorizam bom atendimento, infraestrutura e bem-estar. Antes de fazer a reserva, é importante verificar com a agência de turismo, ou pesquisar muito bem na internet (em sites, comentários, avaliações), o que o estabelecimento oferece. Se dispõe de elevador, comunicação em libras, placas em braille, rampas de acesso, corrimões, barras de apoio e ambulatório médico 24 horas.

Na área da piscina, de chinelo e na sombra

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Imagem: iStock

Fora da água, para evitar micoses, mantenha os pés secos e ande sempre calçado. Verifique se as bordas da piscina estão limpas e não se sente nelas se estiverem escorregadias, com tom esverdeado ou grudentas. Vale se informar se é feita a higienização regular e se há ducha, para um banho rápido.

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"Esse espaço também deve contar com sombreiros para evitar exposição prolongada ao sol e risco de mal-estar", informa Márcia Noya, cardiologista do Hospital Aliança, em Salvador.

Com animais silvestres à solta, não interaja

Alguns hotéis são do tipo fazenda, ou oferecem interação com pets bem cuidados. O que é bem diferente de haver animais silvestres nas áreas de circulação dos hóspedes. Então, nada de tocar e alimentar, por mais fofo e amigável que seja existe risco de zoonoses e acidentes.

Além disso, se forem avistados animais em quadras de areia, como de futevôlei, tênis de praia, é possível contrair larva migrans cutânea ou bicho geográfico. Portanto, melhor não utilizar.

Sem segurança, não é destinado a crianças

Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra membro da AAP (Associação Americana de Pediatria), contraindica tudo o que houver em hotel destinado para crianças (parquinhos, piscinas, brinquedos, como tobogãs, pula-pulas), sem fiscalização e profissionais bem treinados para lidar com esse público e segurança.

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"É necessário ainda ter avisos sobre riscos em barrancos, jardins, piscinas muito fundas; câmeras de segurança; e cercas e grades em locais de queda."

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