Há idade certa para fazer os diversos tipos de cirurgia plástica?
Cada vez mais homens e mulheres buscam melhorar a aparência através de produtos de beleza, procedimentos estéticos e cirurgias plásticas. E essa busca acontece cada vez mais cedo.
Mas será que existe uma idade certa para fazer cirurgia plástica? De acordo com a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica), o número de adolescentes entre 13 e 18 anos que realizam cirurgias plásticas tem crescido nos últimos anos. Entre os fatores que influenciam estão a opinião de amigos e o padrão de beleza imposto por desfiles de moda, novelas, redes sociais e campanhas publicitárias.
A falta de conhecimento sobre a melhor idade para realizar uma cirurgia plástica ou se existe uma idade mínima para isso é um fator que afasta muitas pessoas de procedimentos que podem corrigir problemas de saúde, colaborar para a autoestima e trazer qualidade de vida.
Independentemente da cirurgia, é fundamental que se procure um cirurgião plástico para avaliar as expectativas e confrontá-las com o resultado possível de ser obtido.
As cirurgias plásticas mais procuradas são:
- Aumento de mama;
- Lipoaspiração;
- Cirurgia das pálpebras;
- Rinoplastia;
- Abdominoplastia.
Crianças e adolescentes
Rinoplastia: é comum realizar a rinoplastia quando o nariz está em desarmonia com o rosto e o paciente não quer mais sair de casa ou frequentar a escola, o que pode ser prejudicial para sua formação. Esse procedimento geralmente ocorre após a adolescência, pode ser feito a partir dos 15 anos, mas não tem necessariamente uma idade ideal.
Otoplastia (para corrigir a "orelha em abano"): indicada a partir dos 7 anos, para evitar que a criança sofra bullying na escola, recebendo apelidos que podem causar um trauma desnecessário.
Mamoplastia (aumento e redução de mama): algumas mulheres adolescentes também realizam a mamoplastia redutora, pois, muitas vezes, apresentam mamas enormes ou, até mesmo, gigantes (gigantomastia, com mais de 1 kg cada), o que prejudica a postura e o convívio social.
A mama de aumento, geralmente por inserção de implante mamário de silicone, é muito procurada. Vale lembrar que essas cirurgias são realizadas sempre com o consentimento dos pais ou do representante legal, mas a vontade tem que partir da própria adolescente
Fase adulta
Plásticas abdominais e lipoaspiração são indicadas seis meses após o nascimento dos filhos. Esse é o tempo recomendado para realizar o "mommy makeover" ("transformação da mamãe", em tradução para o português, que começou a ganhar popularidade nos Estados Unidos para denominar a associação de alguns procedimentos da cirurgia plástica que tratam o contorno corporal das mulheres após a gravidez).
Apesar de ser um momento sublime na vida da mulher, os efeitos no corpo causados pela gravidez e amamentação são muitos. Para transformar a flacidez abdominal e das mamas, foi criado esse combinado de cirurgias, que consiste em mamoplastia (com ou sem implante) + abdominoplastia + lipoaspiração da cintura.
Plástica facial, ritidoplastia ou lifting facial (suavização de rugas do rosto e pescoço) e blefaroplastia (plástica palpebral), geralmente, tem um melhor resultado quando é realizada nas pessoas na casa dos 40 e 50 anos. Nesta faixa, o paciente já apresenta alguns dos sinais do envelhecimento facial, tem pele flácida ou em excesso, mas ainda com boa elasticidade da pele. Então, o resultado esperado tende a ser satisfatório.
Terceira idade
A cirurgia mais realizada nessa fase é a blefaroplastia (cirurgia das pálpebras), seguida da ritidoplastia (cirurgia da face), da lipoaspiração e da mastopexia (levantamento da mama).
Outra cirurgia bem comum para pacientes da terceira idade é a plástica eutrófica facial. Ela proporciona um rejuvenescimento natural, em que os excessos de pele e os acúmulos de gordura são retirados em algumas áreas como abaixo dos olhos, no queixo, na mandíbula e no pescoço.
Em alguns casos, essa gordura é até realocada, dando um contorno mais harmônico e definido. Esse procedimento é muito indicado para pessoas com a pele mais debilitada.
Procedimentos injetáveis
Os procedimentos estéticos e que são realizados em ambulatório compreendem basicamente três opções de tratamento: preenchedores ou bioestimuladores que são chamados de injetáveis, toxina botulínica e fios de sustentação.
Os preenchedores são utilizados para preencher os sulcos que são aquelas depressões naturais do rosto, como o bigode chinês. Ele devolve o volume na região da face porque ao longo do tempo e com o envelhecimento existe a perda de volume facial principalmente na região malar, da maçã do rosto e com o procedimento se tenta dar volume e preencher para que o rosto volte a ter uma aparência mais jovem.
O bioestimulador é uma substância aplicada abaixo da pele e da gordura subcutânea que gera um processo inflamatório na região aplicada, fazendo com que se estimule a formação de colágeno. O colágeno é uma proteína produzida pelo organismo, responsável pela sustentação e firmeza da pele. Com o passar do tempo, a produção vai diminuindo e com isso começa a surgir a flacidez e as rugas.
A toxina botulínica é uma substância que paralisa temporariamente a musculatura onde é aplicada. Ela diminui a contração dos músculos da face amenizando as rugas de expressão como pés de galinha, linhas da testa, pescoço e ruga de bravo no centro dos olhos. Ela levanta as sobrancelhas e com isso devolve a pele mais rejuvenescida e descansada.
Fios de sustentação ou fios de estimulação que são produzidos de PDO, material biocompatível utilizado há mais de 30 anos na medicina em fios de sutura de cirurgias. Eles são usados através da tração da pele, em um procedimento minimamente invasivo que o médico define o contorno facial, principalmente da mandíbula e melhora a região malar.
A desvantagem desses procedimentos é que duram pouco tempo, porém são muito mais baratos do que uma cirurgia no rosto. Normalmente, a média de duração é de 18 meses, dependendo dos hábitos e características de cada paciente.
Para os especialistas independentemente da fase em que se deseja realizar qualquer tipo de procedimento estético, o bom senso deve prevalecer e alguns questionamentos precisam ser feitos:
Avaliar a fonte do desejo de fazer uma cirurgia ou procedimento estético. Ele parte da insatisfação com a autoimagem ou é uma cobrança imposta pelo meio?
Maturidade psicológica. É preciso estar preparado para um pós-operatório. Lidar com eventuais insucessos ou falha na expectativa.
Fontes: Leandro Pereira, presidente da regional Rio de Janeiro da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica); Helder Medeiros, cirurgião plástico no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da UPE (Universidade de Pernambuco) e Marcelo Daher, cirurgião plástico da Interclínica-Centroplástica, no Rio de Janeiro.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.