É verdade que café prejudica fertilidade masculina?

O efeito do café na fertilidade masculina ainda é controverso e pode depender de outros fatores. Por isso, a recomendação geral é que os homens que desejam ter filhos evitem o consumo excessivo de café e outros produtos que tenham cafeína em sua composição.

A maioria das pesquisas sugere que o consumo excessivo de café pode ter efeitos negativos na fertilidade masculina, mas os resultados não são conclusivos. Afinal, pode haver outros fatores associados à baixa fertilidade em homens, como a genética, o estilo de vida, a dieta e o meio ambiente.

De qualquer forma, como existe a possibilidade de haver prejuízo da fertilidade com o consumo excessivo do café, a recomendação geral é que os homens que desejam ter filhos limitem o consumo de café a duas ou três xícaras por dia, o que equivale a cerca de 200 mg a 300 mg de cafeína. Essa quantidade é considerada segura e não prejudica a saúde reprodutiva masculina.

Mas essa recomendação pode variar de acordo com a sensibilidade individual à cafeína, o tipo de café, o método de preparo e o tamanho da xícara.

Vale saber, aliás, que existem alguns sinais de que a fertilidade do homem não está adequada. São eles:

Disfunções sexuais, como baixa libido, disfunção erétil e dificuldade ejaculatória;

Dor, aumento do volume testicular e nódulos na área dos testículos;

Crescimento anormal das mamas (ginecomastia);

Cansaço excessivo, alterações do humor, irritabilidade, diminuição da massa muscular;

Continua após a publicidade

Diminuição dos pelos faciais ou corporais;

Espermograma com alteração da quantidade e qualidade dos espermatozoides.

É importante apontar que nem todos os homens com infertilidade apresentam esses sintomas, e alguns podem não ter sinal. Por isso, é importante consultar um médico urologista se você e sua parceira tiverem dificuldade para engravidar. O profissional da saúde poderá fazer exames para avaliar a sua fertilidade e indicar o tratamento mais adequado.

No dia a dia, também dá para tomar algumas atitudes a fim de contribuir com a melhoria da fertilidade masculina. Veja as dicas:

Evite o consumo excessivo de álcool, tabaco, drogas e cafeína;

Mantenha um peso saudável;

Continua após a publicidade

Pratique exercícios físicos para melhorar a circulação sanguínea, a função sexual e o humor;

Evite ou minimize o estresse;

Tenha uma alimentação equilibrada e rica em antioxidantes, vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais;

Tente não se expor a agentes tóxicos, como pesticidas, solventes, metais pesados e radiação;

Durma bem, pois o sono é essencial para a regulação hormonal e a recuperação celular, no caso, a qualidade e a quantidade dos espermatozoides;

Beba bastante água, pois a hidratação é importante para a saúde como um todo, inclusive da fertilidade;

Continua após a publicidade

Evite o uso de lubrificantes artificiais nas relações sexuais;

Não use anabolizantes, esteroides ou hormônios sintéticos, por inibir a produção de espermatozoides, além de causar efeitos colaterais graves;

Não use medicamentos sem prescrição médica, pois alguns podem afetar a fertilidade, como anti-inflamatórios, antidepressivos, antibióticos, antialérgicos e anticonvulsivantes;

Não faça uso de drogas recreativas, como maconha, cocaína, ecstasy e heroína;

Evite o consumo de alimentos processados, refinados, gordurosos, açucarados ou com aditivos químicos;

Faça exames rotineiros de saúde, inclusive com médico urologista, para detectar e tratar possíveis doenças que afetam a fertilidade, como infecções, varicocele, hipogonadismo, diabetes, hipertensão e câncer.

Continua após a publicidade

Fontes: Marcos M. Mori, urologista do Hupes-UFBA (Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia), ligado a Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e Maria do Carmo Borges de Souza, médica especialista em reprodução humana e diretora da Fertipraxis Centro de Reprodução Humana, no Rio de Janeiro.

Quais são suas principais dúvidas sobre saúde do corpo e da mente? Mande um email para pergunteaovivabem@uol.com.br. Toda semana, os melhores especialistas respondem aqui no VivaBem.

Deixe seu comentário

Só para assinantes