Influencer morre por infarto aos 41 anos; sintomas são atípicos em mulheres

A influenciadora Vanessa Mancini, 41, morreu esta semana após sofrer um infarto fulminante, informou a família dela em nota. Ela estava em casa com os pais e chegou a ser atendida por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não respondeu às manobras de reanimação.

Embora as doenças cardiovasculares sejam mais frequentes em pessoas acima dos 50 anos, houve um aumento de 59% nos casos de infarto em pessoas com menos de 40 anos, entre 2010 e 2019, segundo o Ministério da Saúde.

Nessa população mais jovem, as mulheres são mais propensas a morrer após um ataque cardíaco do que os homens, conforme a Federação Mundial do Coração.

Parte da explicação está no fato de que os problemas cardiovasculares são menos investigados nelas e, consequentemente, não são tratados em tempo.

Além disso, os sintomas de um infarto nas mulheres são diferentes daqueles "típicos" que conhecemos, como dor no peito, no braço esquerdo e falta de ar.

Sintomas atípicos

As mulheres podem sofrer infarto sem sintomas ou com sintomas pouco comuns que são confundidos com outros problemas que não do coração. Alguns são:

  • Azia ou indigestão;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Tontura;
  • Palpitações;
  • Ansiedade inexplicável.

Ainda de acordo com a Federação Mundial do Coração, mulheres que apresentam os sinais comuns de ataque cardíaco podem sentir dor mais difusa, que se espalha por pescoço, braços, abdome e costas. O quadro também pode ser precedido por cansaço inexplicável.

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"Em comparação com os homens, as mulheres tendem a apresentar sintomas com mais frequência quando estão em repouso, realizando atividades diárias regulares ou mesmo durante o sono", aponta a entidade.

Por que mais jovens infartam?

Questões genéticas e congênitas são fatores de risco para doenças do coração, mas elas são incomuns e não explicam o aumento de casos entre a população jovem brasileira.

O que mais se associa ao cenário é o estilo de vida pouco saudável que as pessoas vêm adotando nas últimas décadas, que levam a condições de risco para problemas cardiovasculares, como:

  • Má alimentação;
  • Sedentarismo;
  • Diabetes;
  • Hipertensão;
  • Tabagismo;
  • Obesidade.
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Mulheres com maior risco

Os homens são mais propensos a ter um infarto ao longo da vida do que as mulheres, mas elas tendem a ter o quadro de forma mais grave.

A explicação está na própria anatomia do coração feminino:

  • Mulheres têm um coração menor: não é regra, mas como elas são, geralmente, menores do que os homens, o coração é proporcional.
  • As artérias do coração da mulher são mais finas: esses vasos sanguíneos responsáveis por nutrir o órgão têm um calibre menor e podem ser mais tortuosos do que os dos homens.

Essas características podem levar a uma capacidade menor de resistir a um evento cardiovascular.

*Com informações de reportagens publicadas em 09/04/2023, 24/08/2023 e coluna de Mariana Varella

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