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Vacina bivalente contra covid: veja reações comuns e como reduzir mal-estar

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Imagem: iStock

De VivaBem*, em São Paulo

11/03/2023 11h39

O Brasil já deu início a uma nova etapa da campanha de vacinação contra a covid-19. Desta vez, o reforço é com a vacina bivalente da Pfizer, que protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron.

Para receber a bivalente, aqueles que estiverem no grupo prioritário (veja os grupos e datas aqui) já devem ter recebido pelo menos duas doses da vacina monovalente. Além disso, o reforço poderá ser aplicado somente naqueles que receberem a última dose há mais de 4 meses.

Assim como ocorreu nas primeiras doses, algumas pessoas podem sentir as reações da vacina —o que é totalmente normal e até esperado em alguns casos, de acordo com os médicos.

"É só pensar que é uma fábrica que estava parada, ligou as máquinas e começou a produção. Teve contato com a matéria-prima do antígeno e ligou o sistema imunológico para formar os anticorpos. O corpo vai sentir e trabalhar mais em uma área que estava em repouso e, às vezes, vai causar esse mal-estar, fadiga e febre", explicou Lorena de Castro Diniz, imunologista da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), em entrevista a VivaBem em junho de 2021.

Não fique preocupado caso você não tenha reações. Cada organismo, de acordo com os especialistas, funciona e reage de um jeito. Isso não quer dizer que a vacina não está "funcionando".

Vacinação com doses bivalente contra a Covid-19 começa nesta segunda - Danilo Avanci/SESA - Danilo Avanci/SESA
Imagem: Danilo Avanci/SESA

Reações da vacina

De acordo com a bula da vacina, os possíveis efeitos do imunizante são:

Reações muito comuns: podem ocorrer em 10% dos pacientes e envolvem dor de cabeça, nas articulações, nos músculos e no local de injeção, além de cansaço e calafrios.

Reações comuns: podem ocorrer entre 1% e 10% dos pacientes. Envolvem diarreia, vômito, febre, inchaço e vermelhidão no local de injeção.

Reações incomuns: podem afetar entre 0,1% e 1% das pessoas. Há aumento dos gânglios linfáticos (ou ínguas), tontura, náusea, suor noturno e mal-estar.

Reações muito raras: podem afetar em menos de 0,01% dos pacientes e envolvem a miocardite (infecção das fibras do coração) e pericardite (inflamação do revestimento externo do coração).

Homem idoso assoando o nariz, limpando, espirrando, gripe, influenza, resfriado, covid - iStock - iStock
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O que fazer para reduzir desconforto?

Há formas de diminuir todo esse mal-estar. Entretanto, não é necessário, por exemplo, tomar medicações para evitar preventivamente as reações.

De uma forma geral, os médicos indicam descanso, hidratação e uma boa alimentação. E siga as orientações de acordo com cada sintoma.

  • Dor no local da aplicação: uma bolsa de água fria na região já resolve o problema.
  • Febre, dor de cabeça e/ou no corpo: analgésicos podem reduzir as dores no geral, mas use-os de preferência com orientação médica.
  • Náusea e/ou vômitos: os remédios antieméticos, após orientação médica, são indicados para reduzir o desconforto.
  • Diarreia: neste caso, não é indicado tomar medicamentos que "interrompem" a diarreia, mas sim manter uma boa hidratação do corpo (água, soros caseiros). Em alguns casos, o probiótico pode ser utilizado, mas apenas com prescrição médica.
  • Coriza: lavagem nasal, com soro fisiológico, além de antialérgicos se estiver muito intensa (também com orientação de médicos).

É importante reforçar que caso os sintomas persistam, é indicado procurar ajuda de um médico, pois podem ser sinais de outras doenças.

* Com informações de reportagem publicada em 17/06/2021.