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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


O que é pielonefrite, causa da internação de Flavia Pavanelli?

Flavia Pavanelli postou foto internada nas redes sociais - Reprodução/Instagram
Flavia Pavanelli postou foto internada nas redes sociais Imagem: Reprodução/Instagram

Do VivaBem*, em São Paulo

30/01/2023 11h42

A influenciadora Flavia Pavanelli, 24, está internada em São Paulo com pielonefrite, quadro de infecção nos rins.

Ela descobriu o problema na última quinta-feira (26) e disse que os sintomas foram silenciosos, por isso demorou a buscar ajuda médica. Pavanelli disse que está bem e deve voltar para a casa logo, pois os exames estão se normalizando.

Fui diagnosticada com pielonefrite depois de alguns dias achando que era 'só uma dor muscular'. Meus sintomas foram silenciosos, demorei a procurar um profissional e isso fez com que meu caso ficasse à beira de uma infecção generalizada. Flavia Pavanelli

Pielonefrite é um tipo de apresentação mais rara da infecção urinária:

  • É quando a infecção "sobe" para o trato urinário alto, passando pelo ureter até chegar aos rins. O quadro pode ser mais perigoso, pois há risco de as bactérias caírem na circulação sanguínea, causando febre e até uma infecção generalizada.

Causas

  • As principais bactérias que causam a infecção urinária são organismos que vivem em nosso corpo normalmente, no trato intestinal, mas, quando podem causar infecção quando mudam de local --como sair do intestino e habitar o trato urinário.

Quais são sintomas da pielonefrite?

  • Febre;
  • Dor lombar;
  • Mal-estar geral.

E os sintomas da infecção urinária comum:

  • Ardor ou dor ao fazer xixi;
  • Pressão ou dor no baixo ventre (abaixo da barriga);
  • Vontade de fazer xixi o tempo todo, mas ao ir ao banheiro quase não há o que urinar;
  • Xixi escuro, com sangue ou odor diferente;
  • Cansaço ou mal-estar.
Ao ter os sintomas, é preciso buscar ajuda o quanto antes --mesmo que for para analisar se a dor lombar for apenas uma condição das costas. Infecções urinárias maltratadas e frequentes, chamadas de crônicas, causam cicatrizes e os rins vão sofrendo e perdendo sua função.

Diagnóstico

Para diagnóstico, os médicos pedem exames de urina e cultura, que avaliam se há aumento dos glóbulos brancos e crescimento da bactéria. Dores na lombar também podem ser cálculo renal (ou pedra nos rins) e, por isso, até exames de imagens às vezes são solicitados para o diagnóstico correto.

Como prevenir infecções urinárias

  • Tome água com frequência. A quantidade ideal varia para cada pessoa, por isso uma dica simples é observar se a urina está sempre clara. Se estiver concentrada, é sinal de que é preciso tomar mais líquido. Sem água, não há uma lavagem natural do trato urinário.
  • Não espere a vontade de fazer xixi apertar. A bexiga deve ser esvaziada no mínimo a cada quatro horas; para quem é muito ocupado ou esquece de ir ao banheiro, o alarme do celular pode ser útil. A bexiga cheia facilita o crescimento bacteriano.
  • Relaxe na hora de fazer xixi. Se houver a sensação de que sobrou urina na bexiga, faça uma forcinha.
  • Faça xixi logo após as relações sexuais. O jato de urina ajuda a "lavar" as vias urinárias.
  • Evite passar muito tempo com roupas íntimas molhadas. Também prefira peças feitas com tecidos que absorvem o suor, como o algodão.
  • Use camisinha e faça exames de rotina para afastar o risco de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis). Caso exista sexo anal, troque o preservativo se for voltar à penetração vaginal.
  • Troque fraldas e absorventes com frequência. Isso evita a exposição da uretra a bactérias.
  • Faça a higiene íntima sempre de frente para trás.
  • Cremes vaginais com estrogênio ajudam a afastar o risco de infecções urinárias nas mulheres durante a menopausa.
  • Considere o tratamento da próstata, caso essa seja a causa de infecções recorrentes.
*Com informações de reportagem publicada em 04/04/21.