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Manchas vermelhas na pele: conheça 11 causas comuns e quando é grave

Entenda as principais causas de mancha vermelha na pele e tratamento - iStock
Entenda as principais causas de mancha vermelha na pele e tratamento Imagem: iStock

Carol Firmino

Colaboração para VivaBem

30/09/2022 04h00

Ter manchas vermelhas na pele é um caso bastante comum de lesão dermatológica, e está entre as principais queixas dos pacientes nos consultórios. Os motivos, no entanto, podem representar uma alergia ou até mesmo um sinal de câncer.

A pele é rica em pequenos vasos sanguíneos, responsáveis por sua nutrição, e os fatores que levam à dilatação ou ao extravasamento do sangue, ocasionando as manchas vermelhas, são diversos.

Por isso é tão importante se atentar aos sintomas quando eles começarem a surgir, como febre, tosse, coceira e outros, o que vai ajudar em um diagnóstico mais preciso. Assim que a causa é identificada, os tratamentos recomendados podem envolver o uso de anti-inflamatórios, antibióticos, analgésicos e outros medicamentos.

Principais causas de manchas vermelhas

As manchas podem ser únicas ou múltiplas, localizadas ou disseminadas, e assumir tamanhos e formatos variados. Além disso, podem ser a manifestação típica de uma determinada doença ou representar apenas seu estágio inicial.

1 - Micoses

Micose - iStock/Getty - iStock/Getty
Micose na virilha
Imagem: iStock/Getty

São causadas por diferentes tipos de fungos e as manchas vermelhas tendem a surgir nos locais mais úmidos do corpo, como virilhas, axilas, bolsa escrotal e entre os dedos dos pés. Em alguns casos pode haver formação de bolhas, descamação, coceira e dor.

Como tratar: envolve antifúngicos, geralmente em pomada, cremes ou géis. Se a micose for nas unhas, tratamentos com laser apresentam resultados mais eficientes.

2 - Zika e chikungunya

zika - iStock - iStock
Mosquito transmissor do zika vírus
Imagem: iStock

São arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti e provocam manchas vermelhas e coceiras pelo corpo, além de sintomas como dores musculares e articulares, febre, fadiga, dor de cabeça e mal-estar em geral.

Como tratar: é comum o uso de anti-histamínicos e remédios para dor local, além de ser indicado descanso e aumento da hidratação.

3 - Erisipela

Erisipela - iStock - iStock
Perna com erisipela
Imagem: iStock

É uma infecção causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, que acomete a circulação linfática das pernas, penetrando na pele através de ferimentos, rachaduras ou lesões fúngicas comuns entre os dedos dos pés. Ela atinge os vasos linfáticos do tecido gorduroso, que fica logo abaixo da pele; a região das pernas costuma ficar avermelhada, dolorida, com sensação de calor, e pode haver febre.

Como tratar: feito o diagnóstico, é necessário iniciar prontamente o tratamento com o antibiótico adequado e, em casos mais graves, recorrer à internação.

4 - Rubéola e catapora

catapora - iStock - iStock
Criança com catapora
Imagem: iStock

São infecções virais comuns na infância, com manchas vermelhas que aparecem disseminadas em todo o corpo. Na catapora, transmitida pelo vírus da varicela-zóster, as manchas são acompanhadas de pequenas lesões contendo líquido claro, denominadas vesículas, que se rompem formando-se crostas. A rubéola tem aspecto visual semelhante, mas começa com manchas no rosto e atrás das orelhas, espalhando-se pelo corpo em pouco tempo.

Como tratar: é importante não coçar as lesões de maneira nenhuma. Para ajudar, utiliza-se o talco mentolado, que confere certo alívio, além dos antialérgicos.

5 - Escabiose (sarna)

sarna - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Sarna
Imagem: Reprodução/Instagram

Popularmente chamada de sarna, é uma doença que causa vermelhidão na pele e extrema coceira, principalmente à noite. É contagiosa e pode ser transmitida por objetos contaminados, como roupas, toalhas, lençóis e pelo contato direto com quem tiver a doença. É causada por um ácaro e acomete axilas, genitais, dedos da mão e punho.

Como tratar: o tratamento é feito com pomadas e ivermectina.

6 - Lúpus

lupus - iStock - iStock
Lúpus, mancha vermelha em forma de borboleta no rosto
Imagem: iStock

É uma doença autoimune que deixa manchas vermelhas nos órgãos e na pele. Ela acomete áreas que ficam expostas à luz solar, como face, braços, orelhas e colo. Também é comum aparecerem manchas no nariz e na bochecha que lembram uma borboleta.

Como tratar: usam-se corticoides e imunossupressores, sempre com orientação médica.

7 - Psoríase

psoriase - Istock  - Istock
Psoríase
Imagem: Istock

É uma doença crônica que faz a pele ficar vermelha, descamando e com rachaduras, o que causa muita coceira e pode até sangrar. Não tem cura, mas pode ser controlada; fatores como tempo frio e estresse tendem a provocar crises. Geralmente, ataca cotovelos, joelhos, couro cabeludo e nádegas.

Como tratar: usam-se cremes hidratantes potentes com vitamina D e retinol, além de pomadas com corticoides. Pessoas com a doença podem tomar banhos de sol de forma moderada e seguir uma dieta sem gorduras, para não potencializar os sintomas.

8 - Esclerodermia

iuijk - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Esclerodermia
Imagem: Getty Images/iStockphoto

É uma doença autoimune que provoca enrijecimento da pele por conta do excesso de colágeno. Ela se manifesta como um sintoma, um alerta, pois pode acometer órgãos internos, como pulmões e coração, além de articulações, músculos e vasos sanguíneos.

Como tratar: na pele, o tratamento indicado é uso de corticoides orais ou em cremes.

9 - Câncer de pele

câncer de pele - iStock - iStock
Câncer de pele
Imagem: iStock

Qualquer mancha na pele necessita de atenção, principalmente se forem lesões com relevo, translúcidas; avermelhadas, acastanhadas etc. As com crosta e que sangram devem ser investigadas com mais detalhes ainda, principalmente se as feridas não cicatrizarem em quatro semanas.

Como tratar: em caso de suspeita de câncer, é indispensável procurar um profissional que vai fazer o diagnóstico corretamente e dar início ao tratamento correto.

10 - Brotoeja

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Brotoeja
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Conhecida como dermatite de calor, é inflamatória e aguda, relacionada à obstrução da eliminação do suor. As manchas vermelhas aparecem nas axilas, no tronco, pescoço, e nas dobras de pele, causando muita ardência e coceira. Acomete principalmente bebês.

Como tratar: apesar de desaparecer sozinha, a brotoeja costuma ser tratada com pastas d'água para aliviar os pruridos e a sensação de queimação, além de compressas frias.

11 - Dermatite atópica

dermatite - Tharakorn/ iStock - Tharakorn/ iStock
Dermatite
Imagem: Tharakorn/ iStock

É uma doença crônica e, muitas vezes, genética, que causa formação de crostas, erupção vermelha e provoca muita coceira. É possível que as lesões inflamem e fiquem ressecadas, a ponto de rachar e sangrar, à medida que se coça mais. O estresse pode piorar o quadro.

Como tratar: o tratamento inclui evitar sabão e outros agentes irritantes; cremes ou pomadas podem aliviar a coceira.

Outras causas de manchas vermelhas na pele

Dermatite de contato, seborreica, urticárias, rosáceas e alergias, desencadeadas por diversos agentes, como acessórios de metal, cosméticos, perfumes, calçados, alimentos e medicamentos tópicos também podem causar manchas avermelhadas. A própria covid-19 já manifestou o sintoma em alguns casos.

Existem ainda fatores emocionais relacionados ao surgimento dessas manchas. Isso porque quadros de estresse, ansiedade, depressão e outros transtornos psicológicos podem estar associados ao agravamento de problemas como acne, vitiligo, psoríase, dermatite atópica, rosácea e herpes. O cortisol tende a desencadear erupções cutâneas, acelerar o envelhecimento e agravar doenças da pele.

Além disso, respostas alérgicas costumam surgir a partir de estressores sociais, com placas vermelhas formando escamas, como é o caso da dermatite seborreica. Por isso, a psicoterapia é uma forma de reorganização mental que auxilia no enfrentamento de pressões emocionais, na tentativa de impedir que elas resultem em manifestações físicas, ainda que não substitua o tratamento dermatológico.

Fontes: Carla Góes, cirurgiã especialista em dermatologia laser, qualidade de vida e rejuvenescimento, tem pós-graduação pela Universidade John F. Kennedy; Guilherme Stanford, psicólogo e professor do curso de psicologia do Unipê (Centro Universitário de João Pessoa), na Paraíba; e Joanne Elizabeth Ferraz da Costa, médica pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba), dermatologista e professora do curso de medicina do Unipê.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferente do informado, pessoas com psoríase podem tomar banhos de sol, de forma moderada. A informação foi corrigida.