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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Quer evitar crises alérgicas no frio? Siga este passo a passo

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Gabriel Dias

Colaboração para VivaBem*

18/06/2022 04h00

É só falar no inverno que os espirros, a tosse, a coceira e irritação nos olhos, nariz e garganta aparecem. As alergias respiratórias são muito comuns nessa época do ano, porque com as mudanças de temperaturas as vias respiratórias ficam sobrecarregadas.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 35% da população brasileira possui algum tipo de alergia. Entre as doenças que mais aparecem no inverno está a rinite alérgica.

Além de causar incômodo, a rinite também está associada à asma, que atinge 150 milhões de pessoas no mundo. Então, nesse caso, prevenir uma significa também ajudar a conter a outra. Sem contar a dermatite atópica, que é uma das alergias dermatológicas mais comuns e que podem ser causadas pelos mesmos fatores que a rinite: pólen, mofo, ácaros e pelos de animais.

Desconforto, nariz entupido, crises de espirro e coriza excessiva são alguns sintomas que tiram a paz de quem sofre com esse problema nesta época do ano.

Durante o inverno, as pessoas costumam passar mais tempo dentro de casa ou em lugares fechados para se proteger do frio. E nestes ambientes, quem é alérgico sofre com substâncias que aguçam o problema sendo primordial redobrar os cuidados.

A ingestão de água em grandes quantidades e limpezas nasais frequentes ajudam a remover as impurezas que provocam as crises.

Outras soluções recomendadas são retirar e lavar, com antecedência, os casacos e cobertores guardados no armário, cuidar com produtos de limpeza e manter os ambientes ventilados.

Se você sofre com esse tipo de alergia precisa tomar alguns cuidados para prevenir ou aliviar os sintomas:

Mantenha os ambientes arejados: mantenha os ambientes que você frequenta bem arejados e, se possível, recebendo luz solar por longo período do dia porque essa é uma ótima maneira de afastar mofo e ácaros.

Evite o acúmulo de poeira: evite e/ou remova itens que acumulem poeira, como tapetes, cortinas, livros e bichos de pelúcia, eles acumulam poeira e ácaros e atacam a rinite.

Mantenha a casa limpa: limpe bem a casa com vassoura ou rodo com pano molhado pelo menos duas vezes na semana. Se for possível, aspire a casa, preferencialmente com aspiradores de filtro HEPA, alguns alérgenos são muito pequenos e acabam passando pelos filtros normais.

A limpeza do ar-condicionado também deve ser periódica, tanto do filtro quanto dos dutos porque acumulam poeira e disseminam ácaros no ar.

Mantenha o ambiente úmido: além de manter o ambiente limpo, uma dica importante neste período que o ar está bastante seco é mantê-lo úmido. Para isso, utilize um pulverizador ou um umidificador de ar, pois ele pode diminuir a chance de você desenvolver uma descompensação de um quadro alérgico nasal.

Evite contato com animais: tente evitar o contato com os animais que provocam realmente alergia, e dê banho nos bichinhos pelo menos uma vez por semana, para diminuir a saliva e até ácaros presentes nos pelos e na pele.

Lave o nariz com soro fisiológico: lavar o nariz com soro para manter a umidade da mucosa nasal ajuda a remover as substâncias que causam infecção e é uma medida que funciona como prevenção.

Mantenha a vacinação em dia: é importante estar em dia com as vacinas da gripe e covid-19, porque este é um período propício às transmissões de vírus, então a imunização é essencial para proteção de pacientes alérgicos.

Como tratar as doenças respiratórias

Cada tipo de alergia respiratória tem um tratamento específico. Para asma, se reduz a crise aguda com broncodilatador ou remédios inalados com corticoide em dose baixa, se as ocorrências forem frequentes.

Já no caso de rinite, recomenda-se a limpeza nasal com soro fisiológico e a ingestão de antialérgico via oral pode ser suficiente. Em contextos mais graves e persistentes, o médico pode prescrever corticoides em spray para uso no nariz.

Existe, ainda, a opção de vacinas para alergia pela via subcutânea ou sublingual, por tempo prolongado entre dois e três anos.

*Com informações de reportagens publicadas em 24/06/2021, 22/05/2021 e 21/05/2022.