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Equilíbrio

Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


Pesquisa: 39% dos brasileiros relatam não sentir melhoras na saúde mental

Getty Images/iStock
Imagem: Getty Images/iStock

De VivaBem, em São Paulo

29/05/2022 13h22

Ainda que a pandemia não tenha acabado, a maioria das pessoas sente que a saúde mental não melhorou ou que continua igual neste último ano, segundo o estudo global realizado pela empresa de educação Pearson, o Global Learner Survey, de 2022.

Segundo o levantamento, só 37% dos entrevistados afirmaram que se sentem melhor no sentido de saúde mental e bem-estar. Para 25%, o cenário é ao contrário, e 39% disseram que se sentem iguais. A pesquisa ouviu, ao todo, 8.710 pessoas, entre 16 e 74 anos, entre os dias 13 e 22 de abril, no Brasil, Reino Unido, Estados Unidos, Índia e China.

No Brasil, nesse período em que houve o avanço da vacinação e as aulas presenciais voltaram, um terço da população (33%) já sentiu melhoras na saúde mental, 39% disseram não terem tido melhoras e 28% afirmaram que pioraram.

Entre quem tem filhos, esse percentual de que tiveram melhora na saúde mental sobe para 37%, o índice dos que não sentiram mudanças é o mesmo e 25% relataram pioras.

Falando em filhos, 31% dos pais brasileiros consideram que suas crianças já recuperaram muito bem o emocional comparando ao ano passado. Destes, 42% disseram que as melhorias foram consideráveis. Contudo, 13% apontam que seus filhos ainda não estão muito bem e 4% sinalizam que seus pequenos não estão nada bem.

Outro grande achado da pesquisa é o papel do vídeo game no bem-estar das crianças. 35% dos pais brasileiros apontaram como positiva a presença dos jogos eletrônicos, na frente até de aprendizagem virtual e suporte para saúde mental remoto.

Além disso, dos respondentes brasileiros com filhos, 28% consideram que saúde mental e bem-estar são temas que já devem ser introduzidos na educação infantil; 33% na pré-escolar; 14% no ensino fundamental; 20% ensino médio e 6% ensino superior.

Brasileiro mais atento a questões de bem-estar

Mesmo com o cenário empregatício instável, os candidatos a empregos no Brasil estão mais propícios a darem prioridade às empresas que fomentam o cuidado à saúde mental quando avaliam potenciais novas oportunidades.

93% dos entrevistados declararam que pensam mais nas empresas que abordam ativamente a saúde mental e bem-estar dos empregados e 92% concordam que os benefícios de saúde mental e bem-estar são partes importantes na tomada de decisão sobre se devem ou não procurar um novo emprego. Globalmente, esses índices são de 90% e 86%, respectivamente.

Mais de 94% dos pais brasileiros consideram os serviços de bem-estar como elementos importantes quando decidem pela instituição de ensino superior que irão se matricular, ou matricular seus filhos. Número superior ao registrado globalmente (90%).

Além de levarem em consideração estes temas, 93% dos pais brasileiros dizem estar inclinados a escolherem universidades, para si mesmos, ou para seus filhos, que se preocupam com a saúde mental dos seus alunos. Na pesquisa mundial, esse índice é de 90%.