Com 1.595 mortes de covid em 24 h, Brasil tem menor média em quatro meses
Com 1.595 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas, o Brasil teve hoje a menor média móvel de óbitos em quatro meses (1.481). A última vez em que a média ficou abaixo de 1.500 foi no dia 7 de março, quando registrou 1.497.
Com isso, o país chega ao seu 11° dia consecutivo com tendência de queda na média de mortes, com -21% na comparação com 14 dias atrás. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Ainda assim, o índice está alto e segue acima de mil há 168 dias. Durante a chamada primeira onda, o maior tempo que a média móvel ficou acima de mil foi 31 dias.
Devido a oscilações nos dados da covid-19 que ocorrem aos fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para a análise do comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de hoje é comparada com o índice de duas semanas atrás —período comum de manifestação da doença. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre os dois valores, indica estabilidade nas mortes.
Com os números de hoje, o total de mortes por covid-19 no Brasil chegou a 528.611.
Hoje também foram registrados 54.156 novos casos de infecção pelo coronavírus. O total de diagnósticos positivos desde o começo da pandemia chegou a 18.908.962.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Pelo quarto dia consecutivo, o Acre foi o único estado com tendência de alta: 130%. Outros 17, além do Distrito Federal, tiveram queda, enquanto oito tiveram estabilidade.
Das regiões, apenas Norte e Sul tiveram estabilidade de -9% e -10%, respectivamente. As demais mantiveram a tendência de queda que apresentam há vários dias: Centro-Oeste (-29%), Nordeste (-31%) e Sudeste (-20%).
Roraima não registrou mortes
Hoje, o estado de Roraima não registrou nenhuma morte de covid-19. O mesmo havia acontecido com o Amazonas ontem.
Por outro lado, cinco estados reportaram mais de cem mortes nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.165) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
- São Paulo - 546
- Minas Gerais - 230
- Paraná - 151
- Rio de Janeiro - 129
- Rio Grande do Sul - 109
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
Espírito Santo: estável (-5%)
- Minas Gerais: queda (-21%)
- Rio de Janeiro: queda (-22%)
- São Paulo: queda (-20%)
Região Norte
- Acre: alta (130%)
- Amazonas: queda (-19%)
- Amapá: estável (-4%)
- Pará: estável (-14%)
- Rondônia: estável (8%)
- Roraima: estável (-15%)
- Tocantins: queda (-24%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (-12%)
- Bahia: queda (-27%)
- Ceará: queda (-39%)
- Maranhão: queda (-21%)
- Paraíba: queda (-36%)
- Pernambuco: queda (-25%)
- Piauí: queda (-68%)
- Rio Grande do Norte: queda (-22%)
- Sergipe: queda (-42%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-34%)
- Goiás: queda (-43%)
- Mato Grosso: estável (-8%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-20%)
Região Sul
- Paraná: estável (-2%)
- Rio Grande do Sul: queda (-18%)
- Santa Catarina: queda (-16%)
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil reportou 1.648 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença causou 528.540 óbitos em todo o país.
Pelos números do ministério, houve 54.022 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 18.909.037 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 17.352.670 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.027.827 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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