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Simone diz que tem medo de transar na reta final da gravidez; faz sentido?

Cantora e marido fizeram desabafo pelo Instagram - Reprodução/Instagram
Cantora e marido fizeram desabafo pelo Instagram Imagem: Reprodução/Instagram

Do VivaBem*, em São Paulo

20/01/2021 18h21

No oitavo mês de gestação, a cantora Simone Mendes, da dupla com a irmã Simaria, contou nesta quarta-feira (20) que seu marido, o empresário Kaká Diniz, está "na seca". Pelo Instagram, ele disse que gostaria de "dar uma namorada" pelo menos um pouco, mas ela revelou que tem medo de transar na reta final da gravidez.

"A bebê está encaixada, gente. Eu tenho medo. Mas dizem que pode, né? Mas não vai nascer normal. Enfim, vamos ver se resolve esse problema ou não", explicou a artista. "Deus me livre dessa anaconda", brincou Simone.

Apesar de levar com bom humor a situação, a dúvida pode ser comum entre os casais que esperam a chegada do bebê: será que prejudica a gestação? Acelera o parto normal? Machuca o bebê? De acordo com os médicos, se a gravidez não for de risco, o sexo está liberado do primeiro ao último trimestre.

Transar faz bem para a saúde. Além de ser ótimo para a autoestima, controla a ansiedade, melhora o humor, aumenta a produção de anticorpos, libera endorfina (um hormônio que gera sensação de bem-estar e ajuda a ter um sono mais profundo) e fortalece não só a imunidade, como a musculatura da vagina.

Intensidade da penetração e posições sexuais podem afetar o bebê?

Não. Mesmo que o canal vaginal seja penetrado com força, o bebê não sente nada. Isso ocorre porque ele está protegido na cavidade uterina por uma espessa musculatura, pelo saco gestacional e pelo líquido amniótico que evitam qualquer contato dele com o pênis, que sequer encosta na parte externa do colo. Na entrada do útero existe ainda uma camada mucosa que mantém o órgão vedado contra bactérias e acaba eliminado pelo corpo pouco antes do parto.

Já o sexo anal e uso de vibradores (que devem ser flexíveis para evitar traumas) exigem maiores cuidados e, de preferência, devem ser evitados. É que a gestante costuma ter a imunidade um pouco mais baixa do que as demais mulheres e se não houver a higienização correta na manipulação do aparelho ou durante o contato da região anal para a vaginal, ela pode sofrer infecções. O risco de hemorroidas também é alto, ainda mais no final da gravidez.

Quanto às posições para a realização do ato sexual, a ginecologista, obstetra e sexóloga Carolina Ambrogini, do departamento de ginecologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), esclarece que, com as mudanças anatômicas ocorridas ao longo da gestação, é preciso testar variações que não causem desconforto na mulher.

Quando evitar o sexo na gravidez?

Segundo a especialista, a contraindicação só vale em situações em que há ameaça de aborto espontâneo; placenta prévia (quando a placenta não se forma no local correto e fica na parte de baixo do útero, podendo sangrar durante o ato sexual); infecções graves; rompimento do saco gestacional; ou em casos específicos de sangramento, hipertensão e parto prematuro. Na ausência desses problemas, porém, é possível manter relações sexuais até o final da gravidez.

Após parto, em quanto tempo o casal pode voltar a transar?

Por causa do período de regressão natural do útero e da cicatrização dos cortes (no períneo, para facilitar a expulsão do bebê no parto normal e na barriga quando é feita cirurgia cesariana), a recomendação padrão para se voltar a ter relações sexuais, em geral, é de pelo menos 40 dias. É um tempo considerado seguro para o organismo se recuperar para suportar esforços físicos, evitar infecções e a mulher se sentir mais segura e bem-disposta.

* Com informações de reportagem publicada em 18/11/2019.