Está difícil viver a dois? Veja 3 exercícios para brigar menos em casa

Conviver com alguém nem sempre é fácil. Ela expõe o lado mais enfraquecido e vulnerável das pessoas, e muitas vezes o outro desconhece ou não sabe lidar com a versão carente, estressada, amedrontada e sobrecarregada do parceiro.

Para facilitar a relação, a educadora parental com especializações pela HarvardX e Universidade da Califórnia, Isabel Fairbanks Duncan, elaborou três dicas práticas. De acordo com ela, elas devem ser postos em prática diariamente para se tornarem hábitos.

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"Elas desenvolvem o córtex pré-frontal, parte do cérebro que inibe fazermos coisas que não queremos fazer. Como não comer chocolate quando estamos de dieta, não gritar quando ficamos irritados com os filhos ou nos calar quando não queremos brigar com o parceiro", diz.

Veja a seguir quais são:

1. Não aponte, converse

O que parece um erro para você, para o outro é um acerto. Se alguma atitude específica está interferindo na harmonia do lar, converse em particular com a pessoa e entrem em acordo de como será feito daqui para frente.

2. Priorize pessoas, e não coisas

Sempre que você pedir para alguém esperar porque você está fazendo algo mais importante, pergunte-se se está fazendo isso por alguém ou uma coisa. Por exemplo, arrumar, deixar a casa em ordem é uma forma de priorizar pessoas, afinal a ordem ajuda nos relacionamentos, em manter a calma e também a dormir melhor. Agora, quando o filho quebrar um copo, não dê uma bronca, e sim verifique se ele está bem. Primeiro as pessoas, depois as coisas.

3. Examine a consciência

Escolha todos os pontos que você vai avaliar diariamente e insira na sua rotina. Todo dia antes de dormir escreva uma nota de 0 a 10 para os itens que você acha importante para a harmonia na sua casa. Por exemplo, saúde física, saúde financeira, saúde familiar e saúde social. Examine quais delas você anda bem e quais pode melhorar. No dia seguinte, mantenha bem as que tem notas boas e tente melhorar as que estão com notas baixas.

Tolerância, flexibilidade e criatividade

Geralmente queremos que o próximo seja uma projeção de nós mesmos ou que responda da maneira que idealizamos. Uma importante saída é cada um abrir mão de ter a sua verdade e contribuir na criação de um ambiente plural de escuta, onde cada um possa dizer, sentir e colaborar para o melhor de todos. É uma abertura para descobrir ou despertar trocas afetivas, o cuidado e a solidariedade.

É fundamental estabelecer acordos na casa, em uma divisão justa de tarefas e que ninguém fique sobrecarregado. Para evitar desgastes, é indispensável delimitar atividades e fazer escolhas. Obrigações e preocupações aumentam o nível de ansiedade das pessoas, o que reduz a disponibilidade emocional para os relacionamentos.

Reconhecer e falar sobre essas angústias pode contribuir bastante nessa dinâmica de gerar espaços para as necessidades de cada um. Ser compreensivo, e além de pedir, facilitar que exista momentos de lazer, de distração e de intimidade é investir no autocuidado e na qualidade das relações.

*Com informações de matéria publicada no dia 08/05/20