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Farmácias já fizeram 1 milhão de testes rápidos; quando realizá-los?

Os testes rápidos possuem reagentes que mudam de cor ao entrar em contato com anticorpos da covid-19 - iStock
Os testes rápidos possuem reagentes que mudam de cor ao entrar em contato com anticorpos da covid-19
Imagem: iStock

08/11/2020 13h15

Um levantamento da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) divulgado neste sábado (7) aponta que de 20 de abril a 1° novembro as farmácias realizaram 1.039.294 testes de anticorpos da covid-19 (popularmente chamados de testes rápidos).

Desse total de análises, 14% deram resultado positivo e 86% negativo. O levantamento ainda mostra um aumento na quantidade de testes realizados nas duas últimas semanas. Entre 26 de outubro a 1º de novembro, esse número cresceu 85,07% em comparação aos sete dias anteriores. "Isso ocorre exatamente dois meses depois do último pico, quando o crescimento havia sido de 86,07%", explicou a Abrafarma.

Quando realizar e para que serve?

É importante saber que esse tipo de teste serve apenas para mapear a covid-19 e identificar quem possui anticorpos da doença. Ele não é indicado para fazer o diagnóstico da doença. Isso porque, se for realizado antes do tempo certo (sete a dez dias após o surgimento dos sintomas), o teste rápido pode dar um resultado falso negativo —ou seja, não identificar os anticorpos em uma pessoa contaminada em estágio inicial da doença que, por acreditar não estar infectada, pode espalhar o vírus.

Uma pessoa sintomática com suspeita da doença deve procurar atendimento médico e fazer um teste molecular (RT-PCR), que identifica o DNA do vírus e é capaz de confirmar a doença nos primeiros dias após o surgimento dos sintomas. Se o resultado for positivo, a pessoa e seus familiares devem ficar isolados por 14 a 20 dias (o tempo depende da gravidade dos sintomas).

Vale lembrar que ainda não se sabe ao certo por quanto tempo os anticorpos da covid-19 permanecem no organismo nem se uma pessoa que já foi infectada pelo coronavírus está totalmente imune. Por isso, mesmo que você obtenha resultado positivo em um teste rápido, é importante manter cuidados como usar máscara, higienizar constantemente as mãos, evitar aglomerações e o contato físico (beijos, abraços, aperto de mão).

Como funcionam os testes rápidos?

Eles possuem um reagente que muda de cor quando entra em contato com uma amostra de sangue (coletada com um furo no dedo) com a presença de anticorpos do coronavírus.

Os testes rápidos detectam dois tipos de anticorpos: o IgM e o IgG. O primeiro é considerado um marcador para a fase aguda da doença e começa a ser produzido entre cinco e sete dias após a infecção pelo vírus. Já o segundo é um anticorpo mais específico que permanece circulando no corpo mesmo após o fim da fase aguda, indicando que a pessoa já teve contato com o coronavírus.

Com informações de reportagem publicada em abril de 2020.