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Quando devo contar ao meu filho que Papai Noel não existe?

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

24/12/2019 04h00

Essa questão é delicada, e de acordo com psicólogos, a melhor opção é deixar que os pequenos descubram sozinhos que o Papai Noel não existe. Nessa situação, o papel dos pais é o de permitir que a realidade chegue, sem insistir na fantasia, que já não faz mais sentido para a criança.

Caso o pequeno se sinta frustrado com a descoberta, é importante entender que esse tipo de situação faz parte do desenvolvimento infantil e deve ser acolhida pelos pais. Uma dica interessante é conversar com a criança e dizer que apesar do Papai Noel não ser real, existem pessoas que a amam e que aqueles presentes vieram porque o pequeno é amado e mereceu. Por outro lado, dificilmente a descoberta desta realidade trará uma frustração tão grande que acarrete em um trauma. Mas caso os parentes sintam que lidar com a realidade está muito difícil para a criança, eles devem procurar a ajuda de um profissional.

Vale ressaltar que muitos pais decidem nem contar a história do Papai Noel para a criança. Nessas situações, provavelmente, em algum momento, os pais terão que se posicionar e falar algo sobre isto, já que é um assunto amplamente abordado nos diversos meios onde os pequenos circulam. É válido lembrar que o Papai Noel faz parte de um rito muito celebrado na nossa sociedade, então, ele acaba naturalmente entrando na pauta familiar, pois a criança vai descobrir e perguntar sobre ele em algum momento.

Para os adultos que tomarem a decisão de que o filho não tem que acreditar em Papai Noel, existe um outro ponto bastante importante: tentar evitar que o pequeno conte para os seus amiguinhos a verdade. Nesse caso, cabe aos pais educar a criança a respeitar o próximo, além de sensibilizá-la sobre a importância desta crença para seus amigos.

Ao mesmo tempo, é importante saber que as fantasias e os mundos imaginários são parte importante do desenvolvimento infantil, e devem ser incentivados pelos adultos. Isso porque eles estimulam o raciocínio e ajudam na capacidade criativa dos pequenos. Além disso, o mundo imaginário é um importante aliado da criança no seu processo de descobrir o mundo real, já que, muitas vezes, a realidade traz situações muito complexas ou duras. É recorrendo ao mundo da fantasia que as crianças podem enfrentar com mais leveza o medo, a angústia e a dor de estar vivo nesse mundo.

Fontes: Camila Burle Arcoverde, psicóloga do Sabará Hospital Infantil, em São Paulo, Cláudio Paixão, doutor em psicologia social, professor da Escola de Ciência da Informação da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e coordenador do GEDII (Gabinete de Estudos da Informação e do Imaginário) e Leila Tardivo, professora do IPUSP (Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo).

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