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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Brasil agora é líder mundial no combate à tuberculose

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Imagem: Istock

Amanda Costa e Jéssica Cerilo

Agência Saúde

07/12/2019 11h47Atualizada em 08/12/2019 10h53

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, desembarca, nesta segunda-feira (9) em Jacarta, na Indonésia, para assumir a presidência do Conselho da Stop TB Partnership, instituição internacional que busca eliminar a tuberculose no mundo. É o Brasil na liderança mundial do combate à tuberculose, doença que está entre as 10 principais causas de morte em todo o mundo, com cerca de 10 milhões de novos casos anualmente. Por aqui, no ano passado, foram diagnosticados cerca de 75 mil casos novos da doença em brasileiros, com cerca de 4,5 mil vítimas fatais.

"Eu aceitei um desafio que me foi colocado, mesmo sabendo das dificuldades que o cargo me impõe de Ministro da Saúde para coordenar mundialmente a Stop TB. No Brasil, conseguimos, graças à parceria com os secretários estaduais e municipais de saúde, cerca de 80% de tratamentos completados", destacou o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

A tuberculose tem cura e tanto o diagnóstico como o tratamento são ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS), sem custos aos cidadãos. Mas, para alcançar a cura, é preciso completar o tratamento que dura, em média, seis meses.

Com o mandato de três anos na Stop TB, o Brasil, por meio do ministro Luiz Henrique Mandetta, tem a missão de ser porta-voz da luta mundial contra a tuberculose para reduzir a circulação da doença até 2035 - meta defendida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Stop TB

A instituição é reconhecida como um órgão internacional único, com capacidade de alinhar atores em todo o mundo na luta contra a tuberculose. A instituição conta com cerca de 1.700 representantes em mais de 100 países, incluindo governos, organizações internacionais, agências de pesquisa e financiamento, além de fundações e ONGs.

Participam, atualmente, do conselho da instituição o ministro da Saúde da África do Sul, Aaron Motsoaledi, e o diretor executivo do Fundo Global de Combate à AIDS, Tuberculose e Malária, Peter Sands.

Tuberculose no Brasil

No Brasil, em 2018, foram diagnosticados 76.228 casos novos de tuberculose, o que corresponde a um coeficiente de incidência de 36,6 casos para cada 100 mil habitantes. O número representa cerca de um terço de todos os casos registrados na região das Américas. Entre 2009 e 2018 houve queda média anual de 0,3% no coeficiente de incidência da doença.

O Brasil tem conseguido avanços significativos no cuidado e tratamento da tuberculose. O país atingiu as Metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) de enfrentamento à tuberculose, que previa reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado com os resultados de 1990.

Alguns grupos estão mais suscetíveis a desenvolverem a doença, como as pessoas que vivem com o HIV que têm cerca de 25 vezes o risco de desenvolverem tuberculose ativa quando comparado a pessoas que não têm o vírus. Isso acontece por causa da fragilidade do sistema imunológico. Além disso, também são grupos mais vulneráveis a desenvolverem a doença a população em situação de rua (56x), pessoas privadas de liberdade (28x) e indígenas (3x).

Tratar a tuberculose é prioridade

Neste ano, o Brasil está na presidência pro tempore dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) - grupo de países formado por economias emergentes. E, assim, também preside a Rede de Pesquisa em Tuberculose, criada em 2017, no âmbito do BRICS. Durante este mandato brasileiro, o Ministério da Saúde tem buscado fortalecer a atuação dos pesquisadores e dos países para o avanço e desenvolvimento de iniciativas inovadoras em tuberculose. Os BRICS concentram 40% dos óbitos por tuberculose no mundo e, por isso, o empenho do bloco é fundamental para eliminação da doença como problema de saúde pública.

Assim, o Ministério da Saúde se comprometeu a investir R$ 16 milhões para financiar o desenvolvimento de pesquisas sobre tuberculose no âmbito do Grupo Econômico BRICs. A ideia é fomentar novas intervenções, esquemas terapêuticos e medicamentos, além de novos métodos de diagnóstico e acesso ao tratamento da doença. Os resultados da iniciativa brasileira podem contribuir para intervenções nos sistemas de saúde dos BRICS.

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Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que o texto apontava, foram diagnosticados aproxidamente 75 mil novos casos de tuberculose no Brasil em 2018 -- 75 mil não é o número exato.