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Iluminação noturna pode aumentar o consumo de pílulas para dormir

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Imagem: iStock

Do UOL VivaBem, em São Paulo

04/12/2018 12h13

Uma nova pesquisa, publicada no Journal of Clinical Sleep Medicine, sugere que a exposição noturna à iluminação ao ar livre, conhecida como poluição luminosa, pode causar insônia, e consequentemente, um aumentar no uso de remédios para dormir por pessoas idosas.

A conexão entre luz e sono já é bem conhecida pela comunidade científica. Resultados recentes indicam que a luz emitida pelas telas pode afetar as células sensíveis à luz na retina e redefinir o relógio biológico --uma estrutura cerebral que controla o ciclo do sono.

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Embora pareça intuitivo que a luz que vem de laptops e smartphones atrapalhe nosso sono, não havia comprovação que a luz noturna artificial pudesse ter um efeito similar.

Para validar a teoria, o professor Kyoung-bok Min, da Seoul National University College of Medicine na Coreia do Sul, e uma equipe de cientistas analisou dados do Serviço Nacional de Seguro de Saúde - National Sample Cohort (NHIS-NSC), um estudo de coorte de base populacional realizado na Coreia do Sul entre 2002 e 2013.

A população do estudo foi composta por 52.027 adultos com 60 anos ou mais. Nenhum deles havia sido formalmente diagnosticado com distúrbio do sono e as mulheres correspondiam a cerca de 60% dos participantes.

Os pesquisadores usaram dados de satélite para mapear a luz artificial ao ar livre e combinaram esses dados com os distritos residenciais de cada indivíduo para determinar a extensão de sua exposição à luz.

A equipe também coletou dados do estudo NHIS-NSC sobre o uso de duas drogas hipnóticas: zolpidem e triazolam. Aproximadamente 22% da população do estudo tinham prescrições para este tipo de medicação.

Os pesquisadores descobriram que uma maior exposição à luz está correlacionada com um número "significativamente maior" de prescrições de drogas que induzem ao sono, assim como uma dose diária mais alta.

O estudo também constatou que idosos expostos à iluminação mais intensa também usavam os medicamentos por mais tempo ao longo da vida.

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