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Microbiota intestinal do bebê prevê se ele sofrerá de obesidade aos 12 anos

Pesquisa sugere que a composição da microbiota é um fator mais eficaz e talvez o primeiro alerta de futura obesidade - Getty Images
Pesquisa sugere que a composição da microbiota é um fator mais eficaz e talvez o primeiro alerta de futura obesidade Imagem: Getty Images

Do UOL VivaBem, em São Paulo

28/10/2018 13h51

Avaliar a microbiota de bebês pode ajudar a identificar se, quando se tornarem crianças, eles terão maiores riscos de obesidade ou sobrepeso, de acordo com resultados de um estudo publicado do jornal científico mBio.

A pesquisa revelou que nossa composição microbiota intestinal aos 2 anos de idade está associada ao IMC (Índice de Massa Corporal) de quando completamos 12 anos.

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"Nosso estudo fornece evidências de que a microbiota intestinal desempenha um papel na obesidade posterior, e que ela pode ser importantíssima no algoritmo de predição da obesidade", disse a autora principal da pesquisa, Maggie  Stanislawski. “A descoberta é importante para identificar crianças em risco de obesidade no início da vida, antes que elas comecem a ganhar peso excessivo. É melhor identificar crianças em risco precocemente, já que é mais fácil prevenir a obesidade do que revertê-la," completou.

Além disso, os cientistas mostram que o IMC dos nenéns aos 2 anos não era significativamente maior naqueles que mais tarde se tornaram obesos, o que provou que a composição da microbiota é um fator mais eficaz e talvez o primeiro alerta de futura obesidade.

A análise começou a ser feita em 2002 com o acompanhamento de 165 bebês noruegueses, e foi uma das primeiras no mundo a investigar o microbioma intestinal na primeira infância. Os cientistas recrutaram mães e nenéns no momento do parto e acompanharam as crianças até seus 12 anos, quando 20% delas já estavam acima do peso ou obesas.

Os pesquisadores compararam os IMCs dos jovens de 12 anos com suas microbiotas quando bebês, e assim encontraram taxas específicas que previam o aumento de peso. Foram identificadas diferenças qualitativas na composição da microbiota intestinal que estavam associadas as respostas do IMC aos dois e aos dez anos.

“Achamos isso muito interessante porque, aos dois anos, não havia nenhum fenótipo óbvio de que os nenéns se tornariam ou não obesos. Os resultados sugerem que o fenótipo da microbiota intestinal estava presente antes de qualquer outro sinal evidente. Pensando que a microbiota se molda de acordo com o que ingerimos, nos próximos estudos conseguiremos rastrear quais escolhas alimentares são precursoras da obesidade", comentou Stanislawski. 

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