Estudo investiga como corpo responde aos fungos e bactérias a que é exposto
Você já tentou imaginar como os micróbios, bactérias e fungos ficam e agem no no nosso corpo? Pela primeira vez, cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia, tentaram descobrir. A equipe decidiu investigar o exposoma, que compreende a gama de bactérias, substâncias químicas, vírus, partículas de plantas, fungos e animais microscópicos que fazem contato conosco durante nossa vida. O estudo foi publicado na revista Cell.
Durante o trabalho, os cientistas monitoraram 15 participantes por 890 dias (ou seja, mais de dois anos) usando uma tecnologia sob medida: um dispositivo de monitoramento de ar modificado. O aparelho ficava amarrado ao braço e capturava minimamente "respirações" do ar circundante; um filtro submicrônico captura qualquer coisa que seja sugada, incluindo vírus, bactérias e fungos. Eles foram acompanhados por cerca de 2 anos.
A equipe devolveu os dispositivos ao laboratório após o uso e os especialistas analisaram seu conteúdo, incluindo testes de DNA e RNA.
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Desvendar a informação genética dentro da matéria biológica aprisionada apresentou outro desafio para a equipe. "Os cientistas reuniram bancos de dados separados de bactérias, vírus ou fungos, mas para decodificar totalmente nossas exposições ambientais, construímos um banco de dados de domínio pan para cobrir mais de 40.000 espécies ", explica Chao Jiang, um dos autores do estudo.
Os cientistas ficaram particularmente surpresos com a variação que viram entre pessoas que viviam em locais próximos.
Em uma parte do estudo, quatro participantes que viviam na área da baía de São Francisco, na Califórnia, foram monitorados de perto por um mês. A equipe usou seu dispositivo durante todo o período de dois anos, inclusive durante viagens nacionais e internacionais, então suas amostras mostraram a maior variedade.
No entanto, apesar das diferenças entre cada pessoa, a equipe localizou certas substâncias químicas na maioria das amostras. Estes incluíam DEET (um repelente de insetos) e vários carcinógenos.
Embora este estudo envolva apenas um pequeno número de pessoas, sugere que o exposoma possa ser mapeado. Com a quantidade de dados que esta técnica disponibiliza, o próximo desafio será aproveitar e dar sentido a todos eles.
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