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Boa notícia para quem curte um drinque: pílula contra ressaca está próxima

Cientistas usaram enzimas naturais para ajudar o corpo a processar o álcool mais rapidamente - iStock
Cientistas usaram enzimas naturais para ajudar o corpo a processar o álcool mais rapidamente Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

11/05/2018 12h44

Para quem bebe, o momento com o copo na mão pode até ser feliz, mas o dia seguinte é complicado se a pessoa exagera nos drinques. Pensando em acabar com o mal-estar gerado pelo álcool no organismo, um cientista entusiasta do vinho se empenhou em desenvolver uma pílula contra ressaca.

Yunfeng Lu, professor de química da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, decidiu criar cápsulas cheias de enzimas normalmente encontradas nas células do fígado, para ajudar o corpo a processar o álcool mais rapidamente.

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“Escolhi criar um antídoto que pudesse ajudar as pessoas a desfrutar das bebidas sem ressaca e, ao mesmo tempo, funcionasse como terapia para salvar vítimas de intoxicação ou overdose em hospitais”, escreveu Lu em um artigo no site Sciencealert.

Com ajuda de outros cientistas, o professor selecionou três enzimas naturais que convertem o álcool em moléculas inofensivas. Pode parecer uma ideia simples, mas os pesquisadores afirmam que é complicado montar um esquema seguro e eficaz para entregar tais enzimas ao fígado.

Em um teste, as enzimas foram "inseridas" em um material já aprovado para criação de pílulas nos Estados Unidos. Em seguida, as nanocápsulas foram injetadas nas veias de camundongos bêbados. O medicamento conseguiu percorrer o sistema circulatório e chegar ao fígado, onde entrou nas células e trabalhou como um reator para digerir o álcool.

O tratamento diminuiu o nível de álcool no sangue 45% mais rápido nos ratos que usaram as enzimas, quando comparados com animais que não receberam a medicação.

Além disso, a concentração no sangue de acetaldeído --um composto tóxico produzido durante o metabolismo normal do álcool que causa dores de cabeça e vômitos -- permaneceu extremamente baixo nos animais que fizeram uso da invenção.

Os camundongos que receberam a droga também tiveram o benefício de acordar mais rapidamente do sono induzido pelo álcool que seus colegas não tratados --algo que quem bebe durante a semana ia adorar.

Resumindo? A capacidade de quebrar o álcool rapidamente ajuda os animais a acordar mais cedo, evitar o envenenamento por álcool, e protege o fígado de estresse e danos associados ao álcool.

Os testes só foram feitos em bichos, mas são promissores. Os cientistas responsáveis acreditam que dentro de um ano seja possível começar testes em humanos. Vale lembrar que já existem no mercado produtos que prometem combater a ressaca. Alguns têm um combo de nutrientes que prometem ajudar o organismo a metabolizar o álcool, no entanto, não há comprovação científica de que esses nutrientes funcionam. Já outros são medicamentos que inibem apenas nos sintomas, como qualquer remédio para dor de cabeça, enjoo etc.

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