Taise Spolti

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Opinião

3 estratégias para reduzir o consumo do sal de cozinha

Não dá mais para discutir os efeitos maléficos do excesso de sal, certo? Para relembrá-los, o consumo de sal de cozinha é limitado a 5 g ao dia, o que equivale a 2 g de sódio.

Mas nem só de malefícios as notícias do sal sobrevivem, afinal, demonizado por dezenas de anos, ele não é vilão estrito, mas sim o excesso de seu consumo, principalmente quando vem de produtos industrializados. Esses alimentos carregam um alto teor dele, deixando a alimentação diária com excesso de sal e outros compostos ruins para nossa saúde, como os aditivos químicos.

Mas o sódio tem uma importância fundamental para nossa saúde, desempenha um papel essencial na função muscular e venosa, no equilíbrio dos fluídos corporais, na regulação da pressão arterial, manutenção do pH do sangue e também na absorção dos nutrientes.

O sódio é necessário para a absorção de certos nutrientes no intestino delgado, incluindo glicose, aminoácidos e outros minerais. Ele facilita o transporte desses nutrientes através das membranas celulares.

Esse mineral é nosso amigo, mas o sal, não. E o sal de cozinha, industrializado, é o pior caminho.

Usado para salgar os preparos dos alimentos, o sal de cozinha passa por um processo de refinamento, limpeza e adição de dióxido de silício, um dos seus componentes inorgânicos com ação antiaglomerante. Nesse processamento, o sal perde muitos dos seus minerais e oligoelementos.

Uma boa prática, para controlar o excesso, é reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, obviamente, mas não é a única forma. Separei três dicas simples, que valem a pena o investimento e tempo de preparo, para conseguir incluir mais sabor e aroma nas receitas, ao mesmo tempo que reduzimos o consumo do sal e dos seus aditivos.

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Imagem: Fernando Moraes/UOL

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1. Usar flor de sal

No Brasil, existem salinas produtoras de flor de sal, quebrando a ideia de que o consumo deveria ser mais caro por ser um produto importado.

A flor de sal tem peculiaridades que a tornam uma das mais eficazes estratégias na redução e controle do consumo de sal, sem deixar de lado o sabor intenso que ele oferece aos alimentos.

Ela é um tipo de sal marinho que se forma na superfície das salinas durante a evaporação da água do mar. É conhecida por sua textura delicada e sabor único. Em termos de composição química e nutricional, é bastante similar ao sal marinho tradicional, mas pode conter uma concentração ligeiramente diferente de minerais devido ao seu método de colheita.

A flor de sal é especialmente valorizada por sua alta concentração de minerais e oligoelementos (como cálcio, magnésio, potássio, ferro), que são preservados devido ao seu método de colheita delicado. Ela é considerada mais rica em minerais do que o sal marinho comum.

Por ser mais salgada e ter como função a finalização dos pratos, e não como tempero ou no preparo, o consumo é muito inferior ao do sal de cozinha.

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Recomendo pacientes a prepararem seus alimentos sem sal, apenas com temperos naturais e o que for necessário para a receita. Na hora de consumir o preparo, uma pequena pitada de flor de sal por cima será o suficiente para provocar salivação, gosto salgado na boca e textura agradável na língua.

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Imagem: iStock

2. Usar sal marinho

Não poderia deixar de lado um produto integral e com preço superacessível. Justamente por essa primeira qualidade, ele preserva muitos nutrientes, e o seu alto sabor salgado, quando em contato com a língua, deixa a comida saborosa para quem come.

A diferença do sal de cozinha mora no uso culinário, sendo o marinho usado tanto para finalização (moído ou adicionado em pitada na hora do consumo) ou então no preparo do alimento mesmo. Mas ele é mais salgado que o sal de cozinha, ou seja, usado em menor quantidade.

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O sal marinho integral geralmente contém uma variedade de minerais e oligoelementos, como magnésio, cálcio, potássio e ferro, que são essenciais para a saúde do corpo humano. Esses nutrientes podem apoiar várias funções corporais, incluindo a saúde óssea, a função muscular e a produção de energia.

Ao contrário do sal refinado, que passa por um processo de refinamento que remove muitos dos seus minerais naturais, o sal marinho integral é menos processado e geralmente mantém uma composição mais próxima da encontrada na água do mar.

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Imagem: Istock

3. Fazer sal de manjericão

Uma estratégia muito interessante é moer no liquidificador uma grande quantidade de manjericão (um ou dois maços) fresco ou alfavaca, com uma xícara de sal marinho integral. Ao moer, liberamos óleos essenciais do manjericão que, com o sal marinho, irão manter os benefícios nutricionais de ambos.

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Essa estratégia é útil quando usamos na finalização do preparo, ou seja, na hora de consumir, na mesa. Faça sua refeição sem usar sal no preparo e, quando for consumir, apenas salpique uma pequena quantidade por cima, para que o sal esteja integro na hora de encostar na língua, provocando salivação e trazendo aroma e tempero para o alimento.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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