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Taise Spolti

Você já ouviu falar do óleo de krill? Saiba o que é e seus benefícios

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Imagem: iStock

Colunista do UOL

27/06/2021 04h00

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A suplementação com ômega 3 já está bem estabelecida, e você provavelmente já sabe dos benefícios à saúde que ele traz. É importante saber que nem todo ômega 3 é excelente e nem todo produto que encontramos à venda pode ser benéfico, já que existem riscos de contaminação, alergias e reações a metais pesados que contém em alguns. Entretanto, uma fonte que vale a pena investir é o óleo de krill.

Mas o que o torna tão especial?

Quando comparamos o ômega 3 que já conhecemos, advindo do óleo de peixe, mesmo que purificado e de boa procedência, com o óleo de krill, este segundo possui maior concentração de EPA e DHA, componentes importantes do ômega 3 que promovem benefícios em diferentes áreas do organismo. Além dessa concentração maior de EPA e DHA, existe uma condição ambiental muito importante: a pureza do produto e o quanto ele afeta o ambiente, o bioma marinho.

O ômega 3 tradicional, que já conhecemos e consumimos bastante, nem sempre é de alta pureza. Isso quer dizer que vem de peixes criados em cativeiro, que recebem alimentação com ração, na qual há um grande teor de metais pesados e etoxiquina. Ela é uma substância química que está relacionada a alterações no nosso metabolismo, que tem toxicidade alta e não possui segurança no consumo em humanos e animais, mas é amplamente usada nas rações para evitar a oxidação de gordura da mesma, e que fará com que o peixe tenha um maior teor de gordura e então tenha maior rendimento no mercado.

Aqui entra a grande importância de saber a procedência do suplemento de ômega 3 que você está ingerindo, e é justamente ao falar disso que entra o krill, um crustáceo que lembra bastante um camarão, mas que vive especificamente nas profundezas do oceano antártico. Além disso, o óleo de krill é um dos poucos produtos que possui controle de sustentabilidade, impacto ambiental e respeita o ciclo de vida dele.

Outra grande diferença, que vai além do quesito ambiental, é a lista de constituintes de forma natural que o óleo possui. Diferente de alguns óleos de peixe que precisam de adição sintética como a astaxantina, o de krill possui de forma natural e em alto teor fosfolipídios e colina. Os fosfolipídios são constituintes da nossa membrana celular —isso facilita a entrada do EPA e DHA, tornando-os mais biodisponíveis e de maior absorção, ou seja, aumenta a eficácia em menores doses do produto. Outra característica é a diminuição do sabor em retrogosto, aquele sabor e cheiro de peixe que muitos suplementos possuem e que o óleo de krill não possui, justamente por causa da presença natural de colina e fosfolipídios.

Quais os benefícios de usar o óleo de krill?

A astaxantina, naturalmente encontrada no óleo de krill e com maior quantidade, é um poderoso antioxidante. O EPA está relacionado à prevenção de doenças circulatórias, cardiovasculares e diminuição de triglicerídeos. Já o DHA é importantíssimo para a cognição, já que grande parte da nossa necessidade de DHA é no cérebro, que tem, aproximadamente, 20% de DHA na sua constituição; seu uso previne doenças cerebrais e neurológicas, é indicado para a proteção da plasticidade e resiliência dos neurônios, e também é muito indicado para casos de depressão, ansiedade e estresse.

Por conta da sua concentração de nutrientes, uma única dose diária do suplemento já é suficiente para obter todos os benefícios e melhorar a nossa saúde, combatendo os danos causados, por exemplo, pela nossa alimentação pró-inflamatória.

Para saber quais marcas ou doses você pode fazer uso, obviamente que o ideal é falar diretamente com seu nutricionista ou médico, mas não deixe de me procurar no Instagram para me contar se você já faz uso e quais melhoras você sentiu após começar a suplementação do óleo de krill.