Na letra da lei, o Brasil é um país que dispõe de normas razoavelmente modernas e garante os principais direitos a seus cidadãos. A Lei Maria da Penha, por exemplo, é considerada uma das mais modernas do mundo na defesa da integridade feminina.

Entre o que está previsto nos textos e o que acontece na prática, porém, há uma grande diferença. Além das normas que simplesmente são ignoradas pelo poder público, do mal uso da legislação, a dificuldade de usar os dispositivos legais faz com que a garantia de direitos seja desigual. Enquanto alguns grupos desfrutam deles plenamente, outros mal fazem ideia de como poderiam reivindicá-los. E, mesmo quando sabem, encontram obstáculos pela frente, como burocracia, discriminação, intolerância.

Neste contexto, há, felizmente, pessoas que atuam para garantir que o sistema jurídico funcione de maneira igualitária. A elas é dedicada a categoria Acesso à Justiça, do Prêmio Inspiradoras. A seguir você conhece o trabalho da dupla de advogada e promotora Anne Wilians e Gabriela Manssur, da promotora Lívia Sant'Anna Vaz e da advogada Myllena Calasans.

A premiação é uma iniciativa de Universa e do Instituto Avon, que tem como missão descobrir, reconhecer e dar maior visibilidade a mulheres que se destacam na luta para transformar a vida das brasileiras. São 22 finalistas, divididas em sete categorias. Além de Acesso à Justiça, tem também: Inovação em Câncer de Mama, Informação para vida, Conscientização e Acolhimento, Equidade e Cidadania, Esporte e Cultura e Representantes Avon.

Saiba quem são elas

Anne Wilians e Gabriela Manssur

Em meio à disparada dos casos de violência doméstica devido ao isolamento social no início da pandemia de covid-19 em 2020, a advogada e a promotora se uniram para criar o Justiceiras, uma rede de apoio online que ajuda mulheres em situação de vulnerabilidade oferecendo orientação jurídica, psicológica, socioassistencial, médica e escuta ativa através das redes sociais.

Lívia Sant'Anna Vaz

Reconhecida, em 2020, uma das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo em premiação apoiada pela ONU, a promotora concentra seu trabalho na defesa dos direitos das mulheres negras. Criou o Mapa do Racismo e da Intolerância Religiosa, um aplicativo que leva as denúncias desse tipo de crimes diretamente ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). Também faz parte de grupos que discutem essas temáticas tanto no MP quanto na Câmara dos Deputados.

Myllena Calasans

Com longo histórico de trabalho sobre a abordagem feminista no Direito, atuou no desenvolvimento da política pública de enfrentamento à violência contra a mulher, mais tarde conhecida como Lei Maria da Penha (LMP). Atua na articulação entre o Consórcio Lei Maria da Penha e o poder público, especialmente o Congresso, vigiando e agindo em defesa da LMP para evitar que ela seja enfraquecida.

O que vem pela frente

Para escolher suas favoritas, basta clicar na votação a seguir. Está difícil se decidir? Não tem problema: você pode votar quantas vezes quiser. Também vale fazer campanha, enviando este e os outros conteúdos da premiação para quem você quiser. Para saber mais detalhes sobre a votação, é só consultar o Regulamento.

No mês que vem, durante dos 21 dias de enfrentamento à violência, uma série de lives com as finalistas de todas as categorias vai debater este e outros temas relacionados ao universo feminino. Dá para acompanhar as novidades no portal Universa e em nossas redes sociais.

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