Topo

Multidão lota lojas nos EUA atrás de promoções da Black Friday

25/11/2011 09h21

Consumidores lotaram as lojas nos Estados Unidos na noite de quinta-feira (24) e na madrugada desta sexta (25) buscando promoções de televisores, videogames e brinquedos, apesar da confiança quanto à economia norte-americana permanecer instável.

Algumas lojas, com o objetivo de atrair o máximo de clientes possível, naquela que deve ser uma temporada de compras mediana, deram início às promoções que seguem o dia de Ação de Graças na própria noite de quinta-feira ou abriram à meia-noite pela primeira vez em anos, dando a largada para a "Black Friday", que marca o início da temporada de compras nos EUA.

A estratégia parece estar funcionando, tendo em vista as 300 pessoas que faziam fila em uma loja da Toys R Us em Long Island, Nova York, antes da abertura às 21h (horário local) de quinta-feira, enquanto clientes e funcionários em outras lojas viam que a multidão era maior do que antes.

Os consumidores estavam atrás de promoções, mas aqueles como James McBreaty são exatamente o que os lojistas querem: comprarão produtos além dos descontos tentadores oferecidos.

"Viemos para as promoções, mas estávamos discutindo se compraremos itens que não estão com desconto", disse McBreaty, um advogado de 32 anos que estava na fila com a esposa, Nicole. "A loja inteira não está com desconto, mas, já que estamos aqui, provavelmente compraremos algo de qualquer forma", acrescentou.

A Federação Nacional de Varejo prevê que 152 milhões de pessoas irão às lojas neste fim de semana, alta de 10,1% sobre o ano passado.

Na prática, a temporada de compras já vinha acontecendo havia algum tempo, visto que redes como Wal-Mart e Toys R Us começaram a oferecer descontos mais cedo.

Varejistas como a Amazon.com e o Wal-Mart também estavam realizando promoções na internet, considerando que o feriado de Ação de Graças se tornou um dos períodos mais improtantes do ano para as vendas online.

Empresários do varejo e analistas preveem uma temporada de compras mais desafiante do que a vista em 2010. O desemprego nos EUA ainda está em 9%, a dívida europeia preocupa o mercado de ações e a confiança do consumidor segue instável.