Xixi em pé e cueca suja na TV: mulheres falam sobre dates em casas imundas

Você conhece um cara, vocês começam a ficar e ele a convida para ir à casa dele. O que tinha tudo para ser uma noite ótima, na verdade, vira um grande pesadelo de higiene: lençol manchado, banheiro sem condições de uso e cheiro podre no ar.

Universa conversou com mulheres que descobriram que a casa do boy era suja ao chegar no encontro. Elas contaram os detalhes da nojeira e quanto tempo conseguiram ficar no local antes de fugirem.

Xixi em pé

"Conversava com um cara há algum tempo e marcamos de nos encontrar em uma festa, já que tentativas anteriores de nos vermos não tinham dado certo. Depois de ficarmos nessa festa, ele me convidou para ir na casa dele, já que ele morava sozinho e o local era no meio do caminho entre a minha casa e onde estávamos.

Quando cheguei, aparentemente estava tudo normal. Mas após a pandemia, fiquei muito mais focada em sujeiras, principalmente aquelas que as pessoas não reparam muito —o que nem era o caso.

Fui sentar no sofá e parecia que tinha uma criança na casa, por conta de comida que caiu ali e grudou —e ninguém limpou. Então ele sugeriu que nos sentássemos na cama.

O lençol, que um dia já tinha sido branco, estava quase bege, por não ser lavado, e cheio de bolinha —eu tenho muita aflição disso. Perguntei se podíamos trocar o lençol para deitarmos lá, ele concordou. Nesse meio tempo, disse que iria ao banheiro. Bom, ali foi realmente a gota d'água.

A privada tinha o fundo preto, de tão imunda. Não tive coragem de sentar no vaso para fazer xixi, fiz quase em pé. Quando olhei para o box, estava nas mesmas condições, muito sujo e engordurado. Decidi lavar a mão e ir embora.

Lembro ainda que tinha pedido um copo de água e ele pegou uma garrafa turva da geladeira, com três dedos de líquido dentro, e me ofereceu —sem copo! Inventei uma desculpa e fui embora em 10 minutos", Bianca Fr, 24 anos, criadora de conteúdo.

Cueca na TV

"Conheci esse cara pelo Tinder, onde já tinha conhecido diversas pessoas. Inclusive, o meu marido, já que hoje sou casada. Nós costumávamos nos encontrar em barzinhos e lugares mais sociais, mas depois de três meses saindo e nos falando, decidimos dar um passo a mais e apresentar nossas famílias.

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Íamos fazer um jantar para receber as pessoas na casa dele. Quando cheguei lá, o ambiente estava podre. A casa estava cheia de poeira, tinha um cheiro de xixi —dele e do cachorro— muito forte, roupas sujas espalhadas por todos os lugares. Tinha até uma cueca em cima da televisão. Sou muito chata com limpeza e espero o mesmo das pessoas.

Débora Baptista, 24, se deparou com cueca suja em cima da TV
Débora Baptista, 24, se deparou com cueca suja em cima da TV Imagem: Acervo pessoal

Ele morava sozinho com o cachorro. O bichinho era um amor, mas fazia o que queria, era sujeira em qualquer lugar. Quando questionei, ele disse que tinha uma diarista, que podia deixar as coisas daquele jeito que ela se virava.

Para mim, o pior era o banheiro. O cheiro de xixi estava impregnado no local.

Estava menstruada e uso coletor. Não tive coragem de tirar para fazer a higienização que estava precisando de tanto nojo que estava do banheiro. O combinado era dormir lá, mas fiquei no máximo duas horas no local.

Foi a primeira e a última vez que fui a casa dele. Até tentei sair com ele outras vezes, mas aquela imagem me incomodou bastante. Parecia que ele queria uma babá e nunca fui esse tipo de mulher. Então acabamos nos afastando", Débora Baptista, 24 anos, professora.

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Só água da torneira

Vitória Silva, 22, ficou constrangida e não foi embora da casa suja do boy
Vitória Silva, 22, ficou constrangida e não foi embora da casa suja do boy Imagem: Acervo pessoal

"Eu e esse boy saímos uma vez para dar um rolê no shopping e foi legal. Dois dias depois, ele me convidou para ir na casa dele. Eu o conhecia da faculdade, éramos da mesma turma e estávamos até em um mesmo grupo de trabalho. Ele me falou que precisava de ajuda com algumas matérias e me chamou para ver um filme. Aquela conversinha, mas fui.

Tomei um banho premium e estava um dia bem quente. Ele morava sozinho em uma casa nos fundos da casa da tia dele. Tinha muitas árvores e pouca ventilação —ele nem tinha um ventilador. Mal cheguei e estava sendo comida por mosquitos. Confesso que foi bem desconfortável.

Quando tirei o sapato para entrar na casa já senti que não estava limpa. O chão estava cheio de sujeiras que dava para sentir com o pé ao caminhar. De olhar dava para perceber que a situação não era boa. Fiquei até com nojo de sentar e pegar alguma doença de pele —porque já tinha passado por uma situação como essa antes.

O banheiro era pior ainda. Quando fui usar, não tinha nem papel e nem tampa na privada. O fundo do vaso sanitário estava completamente sujo. Fiz uma manobra só para poder fazer xixi e ainda fiquei sem me secar.

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A única água que ele tinha era da torneira mesmo. E estava muito calor, não tinha como não se hidratar. E estava com um gosto bem ruim.

Fiquei constrangida de ir embora, então acabei ficando. Nós saímos mais algumas vezes e ele até me chamou para ir na casa dele de novo, mas não fui", Vitória Silva, 22 anos, administradora hospitalar.

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