Macrofilia: o que é o fetiche que fez modelo 'gigante' ser desmascarada

A mentira da modelo Marie Temara durou pouco. A norte-americana de 28 anos dizia ter 2,13 m de altura e, por causa disso, faturar R$ 2 milhões por mês. A medida era fake, mas o fetiche existe e tem nome: macrofilia.

É o tesão pelo "gigantismo" que define esse gosto sexual, ainda pouco conhecido.

Em 2022, uma pesquisa feita com 2.700 pessoas com exclusividade para Universa pelo Sexlog, site de relacionamento com conteúdos sexuais, revelou que 83% de seus usuários não sabiam o que é macrofilia.

Entre os que disseram conhecer a macrofilia, 12,5% afirmam praticar e gostar bastante.

Mas o que é a macrofilia

Na época da pesquisa, a sexóloga Michelle Sampaio explicou a Universa que esse tesão em pessoas grandes é visto bastante entre homens. Muitas vezes - mas nem sempre - ele se manifesta com um detalhe a mais: o de se sentir pequeno.

"Esse é um fetiche, em geral, de homens que sentem tesão por uma mulher maior, que o faça sentir pequeno, subjugado e dominado. Algumas linhas desse fetiche se cruzam com atos presentes no BDSM e no trampling, nome do fetiche de homens que querem ser pisados por mulheres", disse a especialista.

O curioso é que, como fez Marie Temara, a internet permite que o fetiche ganhe outros ares. Se é difícil encontrar pessoas enormes por aí, usar e abusar de ângulos e contextos que deem apenas a impressão de que a pessoa é grande.

"Homens podem buscar mulheres mais altas, que estejam de salto, para criar essa ideia de estatura maior. Fora isso, é comum hoje em dia, o uso de realidade artificial e conteúdos produzidos em sites que, em geral, usam o posicionamento de câmera para deixar a pessoa maior", afirmou Michelle.

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Fetiche na vida a dois

Quando se tem um fetiche que é tão difícil de realizar, é importante ficar atento em dois pontos: como não deixar que esse desejo impacte de forma negativa sua vida sexual e como falar com isso com seu parceiro.

Conversas são fundamentais, assim como manter a mente aberta é fundamental para entender os sentimentos do parceiro. Se você se sentir confortável, pode experimentar junto com o parceiro alguns truques que tornam esse fetiche realidade.

Quando se torna um problema

Se, mesmo que você não tope participar, o parceiro se contenta consumindo conteúdos online e isso não afeta a vida sexual do casal, ótimo. Mas se o desejo dele começa a desaparecer por você não ser uma gigante capaz de esmagá-lo é importante procurar tratamento — o ponto-chave, aqui, é a pessoa não se contentar mais com o sexo padrão, só com fetiches, e isso causar sofrimento a ela e ao casal.

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