Topo

Enfermeira morre após complicações durante cirurgia plástica em Goiás

Giselle passou mais de dois meses internada e morreu na quarta-feira (5) - Reprodução de redes sociais
Giselle passou mais de dois meses internada e morreu na quarta-feira (5) Imagem: Reprodução de redes sociais

Do UOL, em São Paulo

07/07/2023 14h31

Uma enfermeira de 42 anos morreu após sofrer complicações em uma lipoaspiração e passar mais de dois meses internada em Goiás.

O que aconteceu?

Giselle Dias da Silva Barros foi submetida a uma cirurgia plástica em 24 de abril, em Aparecida de Goiânia, e passou mal no início do procedimento.

Ela foi encaminhada para um hospital, passou dois dias na UTI, recebeu alta e voltou para a mesma unidade de saúde seis dias depois, após passar mal novamente. No local, ela sofreu paradas cardíacas, embolia pulmonar e apresentou um quadro de pneumonia.

Giselle morreu na quarta-feira (5) e a família dela registrou um boletim de ocorrência contra a médica responsável pela cirurgia, Lorena Rosique. A Polícia Civil investiga o caso.

Nesse primeiro momento, aguardamos os prontuários médicos da paciente, a conclusão do laudo cadavérico e, ainda, informações do Cremego, referente a procedimento ético-disciplinar em face da investigada. Após análise dessas peças, intimaremos familiares da vítima, profissionais de saúde que auxiliaram na cirurgia e a investigada.
Delegada Jocelaine Braz, ao UOL

Em 2022, a médica havia sido temporariamente proibida de fazer cirurgias pelo Cremego (Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás) após denúncia de uma paciente que teve queimaduras e necrose após uma cirurgia.

A situação atual dela perante o Conselho Regional de Medicina é regular e as denúncias contra ela tramitam em sigilo, segundo o próprio Cremego.

A defesa da médica afirmou que a paciente tinha bons exames pré-operatórios e que a cirurgia foi paralisada por orientação do anestesista, que apontou que Giselle apresentou "instabilidade". Segundo o advogado de Lorena, ela acompanhou a enfermeira ao longo de toda a internação e apresentará as informações necessárias quando as autoridades solicitarem. A defesa também apontou que Giselle era "conhecida de longa data" de Lorena e disse que a profissional está "em profundo estado de tristeza".

O pior que poderia ter acontecido com a senhora Giselle aconteceu, que é a morte, e por isso que é importante que seja esclarecido e todos tenham ciência que essa causa da morte definitivamente não foi o procedimento estético, mas sim uma pneumonia adquirida durante dois meses de internação na UTI.
Eduardo Costa, advogado da médica, ao UOL