Mulher desaparecida havia 10 meses é achada morta em SC; marido foi preso

O corpo de uma mulher de 38 anos, desaparecida desde setembro de 2022, foi encontrado enterrado em Santa Catarina. O marido dela, suspeito de homicídio, foi preso.

O que aconteceu

O desaparecimento de Jaqueline Rosa de Oliveira só foi notificado à polícia pela família no início 2023, apesar de ela ter sido vista pela última vez ainda em 2022, segundo informou o delegado André Crisóstomo. A polícia investiga o crime como feminicídio.

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O ex-marido, de 37 anos, foi preso nesta quarta-feira (5) e apontou o local onde a vítima foi enterrada. O corpo de Jaqueline estava na residência onde o casal morava, no bairro São Martinho, em Tubarão (SC).

A polícia chegou até o homem após a investigação mostrar que ele "adotou um comportamento que não era compatível com um simples desaparecimento". A prisão temporária do suspeito foi então requerida à Justiça, e ele foi preso hoje em Laguna, a 30 km de Tubarão. Ele já estava com uma nova esposa.

Durante o interrogatório, o homem negou à polícia qualquer tipo de participação e envolvimento no desaparecimento, e disse que Jaqueline teria sumido por vontade própria. Mas, ao ser confrontado com as provas, decidiu mostrar à polícia onde o corpo estava.

O corpo estava com sinais de esquartejamento e carbonização, além de já estar "esqueletizado", segundo o delegado. Os restos mortais de Jaqueline foram encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal) para atestar a causa da morte.

Ainda segundo o delegado, Jaqueline já teria registrado boletim de ocorrência por violência doméstica contra o marido. Ele a teria agredido e a ameaçado de morte, mas a polícia não teria localizado a mulher para colher as declarações dela à época.

No final, ele desabou e falou que ia mostrar aonde estava o corpo. Mas continuou negando. A versão final dele é de que ele não matou a Jaqueline. A versão dele é que eles estavam utilizando drogas, que ela teve um mal súbito, veio a falecer, ele ficou desesperado e enterrou o corpo no quintal da casa. [...] Porém, a forma como ele escondeu o corpo não é compatível com alguém que se desespera e toma uma atitude impensada.
André Crisóstomo, delegado

Em caso de violência doméstica, procure ajuda

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.