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Nem magra, nem gorda: o que eu sou? Entenda o termo midsize e se inspire

Bruna Rosa é influenciadora midsize  - Reprodução/Instagram
Bruna Rosa é influenciadora midsize Imagem: Reprodução/Instagram

Hysa Conrado

Universa, em São Paulo

06/11/2022 04h00

Nem magra o suficiente para ser considerada dentro do padrão, nem gorda para ser plus size. Afinal, quem está nesse meio-termo é o quê? Foi com esse questionamento que surgiu o movimento midsize.

Na tradução do inglês, o termo significa tamanho médio e, mais do que um novo parâmetro para pensar moda, se tornou uma comunidade para mulheres que vestem entre 44 e 48.

"Eu consegui entender o meu corpo, ver mulheres semelhantes a mim, enxergar beleza onde antes eu não via e parar de buscar essa magreza compulsória e padrão", afirmou a influenciadora Nanna Fernandes, 29 anos.

Ela tem um perfil sobre moda midsize no Instagram e costuma recriar looks que se tornaram referência no Pinterest e que, no geral, estão vestindo pessoas magras.

A influenciadora Bruna Rosa, 28, destaca que se entender como midsize também mudou sua percepção em relação à estética das roupas no corpo.

"Se eu colocar uma calça de alfaiataria e um cropped, e a referência for um corpo magro, eu tenho que entender que essas peças vão cair diferente no meu corpo, que eu vou precisar de um cropped com mais estrutura nos peitos e de uma calça com mais espaço no quadril. É entender que aquilo é uma referência e não me frustrar na hora que eu vestir esse look", diz.

Perrengue no provador

Apesar de a numeração ser encontrada com certa facilidade em lojas fast fashion, por exemplo, o que parece, para Nanna, é que as peças desse tamanho continuam sendo pensadas para vestir corpos magros.

"Muitas vezes a marca até tem uma tabela de medidas maior, mas ela não pensou no caimento daquela roupa para um corpo com curvas, não pensou no conforto e na mobilidade da roupa no nosso corpo. Então, às vezes eu entro na peça, mas ela não é confortável para mim", afirma a influenciadora.

Além disso, segundo Bruna, a falta de padronização dessas medidas também acaba se tornando um obstáculo na hora das compras, sobretudo se for pela internet. "Às vezes a peça é muito maior ou muito menor do que realmente a numeração indica."

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Bruna Rosa acredita que "estilo é se sentir bem"
Imagem: Reprodução/Instagram

O debate sobre modelagem é antigo e é uma das principais causas de perrengue no provador. Não é raro comprar um tamanho em uma loja e, em outra, vestir até duas numerações acima. Por isso experimentar a mesma peça em diferentes tamanhos acaba sendo um tipo de desafio ao ir às compras.

Pior ainda quando as tendências não abrangem os tamanhos médio e grande. "Muitas vezes a gente quer montar um estilo, mas só tem uma peça em tamanhos maiores, então temos que lidar com essa limitação nas lojas", afirma Nanna.

Para Bruna, que defende a ideia de que "estilo é se sentir bem", todas as peças podem vestir todos os corpos. "A roupa que vai dar certo para você é a que você quiser, se a pessoa quer andar de top e mini shorts, o que importa é ela estar se sentindo bem", conclui.

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