Sexo em pé: posições para experimentar, mesmo sem móvel de apoio por perto

Seja porque o clima esquentou longe da cama ou simplesmente para variar a movimentação entre quatro paredes, fazer sexo em pé pode trazer novas sensações e muito prazer. Com posições que dispensam móveis ou apoios, não há desculpa para dizer que a transa caiu na mesmice.

Além de sair do lugar comum, a psicanalista e sexóloga Lelah Monteiro revela que muitos casais optam pela posição vertical pois relatam que, quando deitados, sentem mais sono ou brincam menos do que poderiam.

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Variar a transa, nesse caso, pode exigir um pouco mais dos praticantes. "Um dos maiores desafios do sexo em pé é a forma física, afinal, para apoiar e segurar o parceria ou o próprio peso durante os movimentos, é necessário ter força e habilidade", observa a sexóloga Julia Franco, especialista em empoderamento sexual feminino.

Segundo a profissional, a dica para não se cansar de imediato vem da própria rotina, sobretudo mantendo as atividades físicas em dia. Se isso pode soar desestimulante, Julia lembra que, acima disso, vale pensar em posições que garantam maior conforto e mobilidade, dentro das condições que cada envolvido pode oferecer.

"Muitas preliminares e uma boa dose de tesão vão garantir que se tenha muito prazer. Afinal, fazer academia como pré-requisito para ter um orgasmo, não é mesmo? Sexo não é maratona; é uma viagem", comenta Julia.
Por fim, incrementar o sexo ajuda a aumentar a cumplicidade do casal, na opinião de Renan de Paula, sexólogo e CEO do sexshop Dona Coelha. "Quanto mais se criam situações de intimidade dentro da relação, mais intensa é a ligação entre o par", argumenta.

Sexo em pé: posições para experimentar

A seguir, os especialistas listam variações que não exigem nenhum tipo de móvel ou apoio para serem feitas e garantem o melhor orgasmo que o sexo em pé pode trazer.

Algemas de costas

A pessoa a ser penetrada fica de costas, se inclina e coloca as mãos para trás. Desse modo, quem vai penetrar deve segurar as mãos do par, trazendo uma experiência mais fetichista para o momento. Essa posição exige baixo condicionamento físico e vale para todos os casais.

Cadeirinha

Ambos ficam de frente, olho no olho. Quem for penetrado deve se pendurar no parceiro, passando as pernas ao redor de seu quadril e os braços pelo pescoço. Embora o movimento seja mais restrito, proporciona uma troca de energia constante entre os corpos. Essa posição exige um pouco mais de força, sobretudo de quem segura o par, e pode ser aproveitada por qualquer casal.

Pulo do gato

É uma variação da posição acima. Aqui, deve-se esticar os braços, ainda se segurando com as mãos nos ombros do par, como se fosse se afastar dele. Desta forma, obtém-se um movimento mais amplo e penetração mais profunda.

Tango

A posição é agênero e requer que as duas pessoas fiquem de frente, uma diante da outra. Quem for receber a penetração deve passar uma das pernas ao redor da coxa do par. A parte interessante é que os movimentos podem ser coordenados tanto pelo casal quanto individualmente.

Ao seu dispor

Nesta posição, deve ficar de pé apenas quem vai receber o sexo oral. A outra pessoa deve se ajoelhar. Para deixar tudo mais interessante, o parceiro que ficou de pé pode apoiar uma perna em quem se ajoelhou. Há, ainda, a possibilidade de inverter a posição. Assim, a pessoa ajoelhada deve fica atrás de quem está de pé.

Beijo grego

Consiste em lambidas e beijos no ânus e vale para todos os casais. Quem for beijar deve ficar atrás da pessoa que será acariciada, segurando suas coxas. Para facilitar o trabalho do par, quem está de pé pode se inclinar para a frente.

69 "aéreo"

Eis uma posição que exige habilidade extra e certa força física. Na intenção de ambos praticarem o sexo oral ao mesmo tempo, como em um clássico 69, um dos parceiros deve segurar o outro no colo, mas de cabeça para baixo. Quem fica em pé, de frente para o órgão genital do par, ajuda a suportar o corpo alheio. Já quem está virado, pode apoiar os braços nas coxas do par ou mesmo no chão.

União da vaca

A pessoa que for penetrada deve se inclinar e colocar as mãos no chão, com as pernas um pouco afastadas. Quem está de pé segura o par pelo quadril ou coxas. Vale para todos os casais e requer pouco condicionamento físico, sendo uma boa pedida para quem tem movimentos mais limitados.

Equilibrista

A pessoa a ser penetrada tem de apoiar uma perna no chão e levantar a outra, de costas para o par. Enquanto isso, a outra deve segurar e apoiar a perna e o quadril do par e manter uma das mãos no chão. Com isso, apesar de exigir equilíbrio, a penetração será profunda.

Equilibrista profissional

Precisando de ainda mais equilíbrio e funcionando mais para casais heteroafetivos, a ideia é começar na posição 'união da vaca', mas dobrar as pernas por trás do corpo do par, que deve segurar quem está inclinado com as mãos. A partir daí, o movimento dos quadris de ambos é responsável por estimular a zona íntima do outro, permitindo uma penetração mais profunda.

Carrinho de mão

Também mais fácil para casais heteroafetivos, a proposta é segurar as pernas da mulher no alto enquanto ela mantém as mãos ou cotovelos dobrados, no chão. O homem apoiará seu quadril ao mesmo tempo que ela rebola.

Brinquedinhos podem ser um plus

Além da variação nas posições em pé, é possível agregar ainda mais prazer com sextoys. Quando o contato com a pele é maior, uma boa ideia é apostar em géis de massagem, que intensificam o contato entre os corpos.

"É possível utilizar uma variedade de produtos eróticos nessas posições: algemas podem ser usadas para criar uma situação de dominação e submissão, enquanto vibradores estimulam diferentes zonas erógenas, como os mamilos, a vulva, ânus ou pênis", cita o sexólogo Renan de Paula. Aliás, ele indica os modelos modelos 'varinha mágica' e 'bullet' para o sexo em pé.

Fantasias, fetiches e joguinhos também são bem-vindos. A transa pode ser incrementada pelo salto alto, um bronzeado extra com marquinha evidente e até um rabo de cabelo, que permite brincadeiras mais intensas entre o casal.

"Aí a imaginação deve entrar em ação e cada casal deve deixar ela fluir, sempre respeitando os limites e os desejos do outro", pondera a psicanalista Lelah Monteiro.