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Jellyfish cut: o corte de cabelo de Nicole Kidman que já virou tendência

Nicole Kidman em ensaio para a "The Perfect Magazine" - Zhong Lin / Reprodução Instagram @theperfectmagazine @nicolekidman
Nicole Kidman em ensaio para a "The Perfect Magazine" Imagem: Zhong Lin / Reprodução Instagram @theperfectmagazine @nicolekidman

Karina Hollo

Colaboração para Universa, em São Paulo

26/08/2022 19h34

Curto na frente, superlongo atrás. No geral, supercolorido de pink, rosê, tangerine, turquesa. Esse é o corte Jellyfish (água viva). E bastou Nicole Kidman aparecer com ele na capa da "The Perfect Magazine" para o assunto virar trending topic no twitter, no TikTok… "O corte Jellyfish nada mais é do que dois cortes em um só: o topo geralmente é um chanel arredondado ou cuia (lá fora é chamado de bowl), com ou sem franja. Atrás, cabelo longo. Importante falar que esse longo é texturizado, não é reto. É feito usando tesoura de dentes ou navalha", ensina o hair stylist Marco Antonio de Biaggi.

Inspirado no hime cut, corte japonês que já esteve na moda nos anos 1970 e 1980, ele rende um look dois em um: se você prende, fica Chanel, se você solta (e coloca presilhas na franja), tem um cabelo longo. "É um curto boneca chinesa arredondado com escova redonda e atrás comprido e texturizado. Combina com todo tipo de rosto. Até porque, quem escolhe esse corte artístico tem uma única uma preocupação: ficar moderna, antenada, fashion."

Colorido geométrico e bem marcado

"O Jellyfish cut, inspirado nas águas vivas, não é um corte para todo mundo, não é um corte comercial, não é um corte de vida real. Ele é um corte inspirado também nos animes japoneses, superjovem", analisa o hair stylist Celso Kamura, de São Paulo.

Ainda mais se ele vier colorido. "São pessoas que gostam de causar, de ter essa imagem de impacto. Um corte colorido geométrico bem marcado", fala Kamura. Não é para todo mundo, mas também é um corte que dá para transformar rápido. "Assim que enjoar dele, vale repicar, cortar todo Chanel, fazer uma franja. Hoje, as pessoas não passam muito tempo com o mesmo corte. E o Jellyfish cut é um corte de duração curta, feito para impressionar", continua Kamura.

"Nem todo mundo segura esse estilo, mas já cortei o cabelo de uma cliente assim. Existem maneiras mais sutis de fazer esse cabelo e outras mais agressivas. É supermoderno, principalmente quando mexe com coloração. Ah! Chama mais atenção se o cabelo é liso", comenta Nando Ardessore, de São Paulo.

Não é o jeito mais cool de usar um corte em camadas, mas é o de mais impacto, uma tendência artística de efeito momentâneo, de mudança. "Lembra um estilo Vidal Sassoon. E as camadinhas mais finas embaixo são inspiradas nos tentáculos da água viva", diz Kamura. A tendência, mais experimental, era usada também pela escola inglesa Tony Guy", complementa Marco.

Queridinho da geração Z

Essa história de misturar camadas com geometria é tendência forte nessa geração Z. "Para eles, o que vale é a descoberta. O cabelo é um laboratório. A trend tem uma raiz forte britânica, os ingleses gostam da variação de camadas, geometria e cores, dessa brincadeira. É ousado, mas se torna democrático a partir do momento que a pessoa se enxerga nesse estilo. É também um cabelo criativo usado em campeonatos de cabeleireiros", observa o hairstylist Eron Araújo, especialista de Amend.

Se resolver adotar, para estilizar você pode aplicar leave-in e secar naturalmente, fazer babyliss... Ou ainda usar escova redonda para modelar a o curto em cima, com dry xampu e pomada e só bater um secador no longo atrás.