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Advogados desistem de defender médico preso por estupro de grávida no RJ

Mariana Gonzalez

De Universa, em São Paulo

12/07/2022 09h19

Os advogados de Giovanni Quintella Bezerra afirmaram nesta terça-feira (12) que não vão mais trabalhar na defesa do médico anestesista, que foi preso em flagrante por estuprar uma mulher em trabalho de parto, dentro de uma sala de cirurgia, em São João do Meriti (RJ).

"O Escritório Novais Advogados Associados informa que não possui interesse na contratação dos serviços do caso do Médico anestesista, desejando sorte na defesa com seu futuro patrono", disseram os advogados, em nota.

Giovanni, de 32 anos, foi preso em flagrante na manhã de segunda-feira (11), depois que enfermeiras do Hospital da Mulher, em Vilar dos Teles, suspeitaram de sua atuação nas salas de cirurgia e decidiram filmar, com um celular escondido, o momento em que ele coloca o pênis dentro da boca de uma mulher sedada, que passava por uma cesariana.

Entenda o caso

Nas imagens gravadas, a mulher aparece deitada e inconsciente durante o parto. Do lado direito do lençol, sempre usado em cesarianas, o médico aparece colocando o pênis para fora e introduzindo o órgão da boca da mulher.

O ato dura dez minutos e teria ocorrido após o nascimento do bebê, com a mãe ainda inconsciente devido a alta quantidade de anestesia recebida. Do outro lado do lençol, a menos de um metro de distância, está a equipe médica trabalhando no nascimento do bebê.

A reportagem teve acesso às imagens, mas optou por não publicá-las para preservar a vítima.

Antes de ser flagrado, o anestesista já havia participado de outras duas cirurgias e apresentado o comportamento suspeito.

O crime de estupro de vulnerável tem pena prevista de 8 a 15 anos de prisão.