Nova pesquisa recomenda prescrição médica de vibrador a mulheres. Entenda
Pesquisadores de uma organização acadêmica americana de saúde, o Cedar-Sinai Medical Center, chegaram à conclusão em pesquisa recente de que o uso de vibradores traz benefícios médicos como força do assoalho pélvico, que diminuiria a incontinência urinária.
Para chegar a esse dado, o grupo se debruçou sobre 558 artigos voltados para o tema, dos quais 21 se adequarem em todos os critérios estabelecidos. Baseados neles, os pesquisadores sugerem que especialistas em medicina pélvica feminina, cirurgia reconstrutiva e até mesmo médicos em geral prescrevam esses sex toys. As especialistas consultadas por Universa vibraram com a novidade.
Na avaliação da psicóloga Adriane Branco, a principal vantagem nessa prescrição é o autoconhecimento da mulher. "E o auxílio do profissional pode soar como uma 'autorização'. Para algumas mulheres, isso é necessário para desmistificar algumas crenças de que isso é errado, por exemplo", aponta a especialista em terapia cognitivo comportamental e em sexualidade humana pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
A psicóloga Michelle Sampaio, especialista em sexualidade pela FMUSP, complementa: "Sou entusiasta desses acessórios porque eles têm também uma importância terapêutica nas fases diferentes da vida como na menopausa ou no puerpério, porque dependendo do caso é preciso usar o dilatador para ajudar com a musculatura, ou para estimular a libido."
Esse estímulo genital com vibradores alivia ainda dores, reduz o nível do cortisol, causador do estresse, melhora a memória, o foco, o sistema imunológico e episódios depressivos, afirma Jéssica Siqueira, sexóloga da Plataforma Sexo Sem Dúvida. "E é bom ter profissionais capacitados para apontar como trabalhar melhor a musculatura pélvica e até na regulação do ciclo menstrual."
E quando usado a dois, o brinquedo sexual ajuda ainda na intimidade do casal, observa a ginecologista e obstetra Erika Kawano, da Clínica Mantelli. De quebra, desmistifica a crença de que ele será o substituto do homem. "E a orientação profissional vai ajudar a mulher a deixar de acreditar que só irá atingir o orgasmo com o uso do vibrador."
Michelle Sampaio até dá uma dica para o homem que crê numa possível competição entre o artefato: "Existe vibrador e masturbador masculino para eles se conhecerem também."
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